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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

GOIÁS, PIAUÍ E SANTA CATARINA TAMBÉM INICIARAM VACINAÇÃO

 


Com a chegada das primeiras doses da vacina CoronaVac, que começaram a ser distribuídas na manhã de segunda-feira (18/01) pelo país, os estados de Goiás, Piauí e Santa Catarina iniciaram também já iniciaram imunização. Ao todo, nesta primeira etapa, o Brasil conta com seis milhões de doses do imunizante fabricado pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

Goiás

 

Em Anápolis (GO), cidade a 50 quilômetros de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado lançou oficialmente a campanha de vacinação em Goiás, em um evento realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Jardim Leblon, por volta das 17h. A escolha da cidade, segundo o governador, foi uma forma de retribuir o gesto solidário da população e da prefeitura da cidade, que recepcionaram os brasileiros que estavam em Wuhan, na China, no início da pandemia, no ano passado. A primeira goiana a receber uma dose da vacina foi a aposentada Maria Conceição da Silva, de 73 anos. Mãe de seis filhos, Conceição da Silva trabalhou como doméstica e gari, ficou cega de um olho, tem problemas de hipertensão e hoje reside no Abrigo dos Velhos Professor Nicéphoro Pereira da Silva, em Anápolis.

 

De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES/GO), das seis milhões de doses iniciais da Coronavac distribuídas aos estados, Goiás recebeu cerca de 7% do total, de forma proporcional às demais unidades federativas. Ao todo, as 87.172 doses do imunizante serão divididas da seguinte forma no estado: pessoas com 60 anos ou mais que vivem em asilos (8.828); pessoas com deficiência que também vivem em unidades de acolhimento (475); população indígena vivendo em terras indígenas (320); e trabalhadores de saúde (77.549).

Piauí

 

A vacinação dos piauienses contra a covid-19 também teve início no final da tarde desta segunda-feira (18), em solenidade com a presença de autoridades, ocorrida no pátio da Secretaria Estadual de Saúde, em Teresina. O primeira receber a dose foi o médico obstetra Joaquim Vaz Parente, de 75 anos, que atua há 45 anos na da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), com mais de 20 mil partos realizados na carreira.

 

Em seguida, enfermeira Sheyla Barbosa dos Santos, de 33 anos, que atua na Unidades de Terapia Intensiva de covid-19 do Hospital Natan Portella. Também foram imunizadas, na sequência, a técnica de enfermagem Marta Regina de Sousa Madeira, de 42 anos, funcionária do Hospital Getúlio Vargas; a técnica de enfermagem Modestina Bezerra da Silva, de 60 anos, que atua da UTI covid-19 do Hospital Infantil Lucídio Portella e a enfermeira Ana Maria Brito dos Santos, de 52 anos, que trabalha no Hospital da Polícia Militar.

 

Incialmente, o Piauí recebeu do Ministério da Saúde 61.160 doses da vacina CoronaVac. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) esclareceu, em nota, que serão 28.651 mil doses para profissionais da saúde, 10 para pessoas com deficiência institucionalizadas, 460 doses para pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência e 21 para indígenas vivendo em terras demarcadas.

Santa Catarina

 

O enfermeiro Júlio César Vasconcellos de Azevedo foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 em Santa Catarina. Ele recebeu a primeira de duas doses da Coronavac por volta das 17h30 desta segunda-feira (18), no Instituto de Cardiologia em São José, cidade da região metropolitana de Florianópolis. Azevedo tem 55 anos e trabalha há 26 no Hospital Celso Ramos, na capital. Além dele, também foram vacinados João de Jesus Cardoso, idoso de 81 anos, que mora em uma instituição de longa permanência, e a líder indígena Kerexu Yxapyry, da terra indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça.

 

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, Santa Catarina recebeu, nesta primeira fase, um total 144.040 doses da Coronavac, que serão usadas para imunizar 68.580 pessoas, com duas doses cada, como preconiza o protocolo para a vacinação.

 

O primeiro grupo a receber as vacinas em SC é formado por trabalhadores da saúde, a população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas, e população indígena que vivem em aldeias.

Início

 

Ontem (17), São Paulo foi o primeiro estado a dar o pontapé na vacinação contra a covid-19, logo após a aprovação de uso emergencial dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (ABr)

Segunda-feira, 18 de janeiro, 2021 ás 20:15  

sábado, 9 de janeiro de 2021

O EMBAIXADOR DA COVID NO BRASIL


Quem tem mais de, sei lá, 35 ou 40 anos de idade, teve o privilégio de assistir a Os Trapalhões, programa de humor dominical exibido durante décadas na Rede Globo. Quem não os conhece, sugiro um passeio de horas, dias e meses pelo YouTube. Há um acervo espetacular de vídeos hilários por lá.

 

O líder da trupe era Renato Aragão, nosso eterno Didi. Completavam o quarteto os inesquecíveis e impagáveis Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes, precocemente falecido em 1994, aos 53 anos) e Mauro Faccio Gonçalves (1934-1990), o Zacarias, além de Manfried Sant’Anna, o Dedé.

 

Pouca gente se lembra do nome completo do Didi: Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbbo. Pouca gente se esquecerá do nome abreviado de Bolsonaro: Jair Messias Bolsonaro. Abreviado? Sim. A partir de agora eu, Ricardo Kertzman, o Grande, rebatizo a aberração como: Jair Messias Cloroquina Ivermectina Gripezinha Jacaré Bolsonaro.

 

Didi, melhor dizendo, Renato Aragão será lembrado eternamente por sua participação em programas sociais belíssimos. Religioso e caridoso, foi o primeiro embaixador da Unicef no Brasil. Não é possível saber (contabilizar), mas Renato/Didi salvou vidas. Muitas vidas. Já o “embaixador da Covid” pode ter ajudado a ceifar várias, dentre as mais de 200 mil mortes.

 

Jair Messias Cloroquina Ivermectina Gripezinha Jacaré Bolsonaro é o embaixador da Covid no Brasil. É quem promove e incentiva aglomerações; quem se manifesta contra o distanciamento social e o uso de máscaras; quem propagandeia remédios e tratamentos fictícios; quem, ao menos publicamente, faz pregação contra as vacinas.

 

Digo “publicamente” porque, ontem (08), o amigão do Queiroz impôs sigilo centenário sobre sua caderneta de vacinação. O maridão da “Micheque” não quer que ninguém que esteja vivo saiba se ele irá se vacinar contra o coronavírus. Só que o tolinho se esqueceu de uma coisa: haverá pencas de provas irrefutáveis.

 

Não adianta o Capetão Cloroquina impor sigilo de 100 anos sobre sua caderneta de vacinação. Se tomar vacina escondido, saberemos mesmo assim. Afinal, não dá para esconder uma cauda de jacaré, não é mesmo? Isso se der sorte e não morrer, ou ficar inválido ou com anomalias. Fora o risco de ficar com voz de mulher.

 

O embaixador da Covid já nos alertou para os efeitos colaterais acima. Além disso, não só não conseguiu comprar qualquer imunizante ainda, como nem sequer se preocupou com seringas e agulhas. Jair Messias Cloroquina Ivermectina Gripezinha Jacaré Bolsonaro esteve recentemente com o Zé Gotinha. Vai ver que, ignorante como é, pensa que a vacina será em gotas. Didi Mocó para presidente em 2022!

*IstoÉ

Sábado, 09 de janeiro, 2021 ás 11:00   

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

BUTANTAN DIZ QUE CORONAVAC PREVINE 100% DE CASOS GRAVES DE COVID

 


A CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, tem eficácia de 100% na prevenção de casos graves da doença tanto em jovens quanto em idosos, informou nesta quinta-feira o Instituto Butantan, responsável pelos testes clínicos com a vacina no Brasil.

 

Os resultados dos testes clínicos em Fase 3 com a vacina foram anunciados em entrevista coletiva na sede do instituto, na zona oeste de São Paulo. A CoronaVac teve eficácia geral de 78% contra a Covid-19, de acordo com os números apresentados, e de 100% para evitar casos graves, moderados e internações hospitalares causadas pela doença, que já matou quase 200 mil pessoas no Brasil, segundo país com maior número de mortos pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.

 

“A vacina protegeu 100% com relação a casos graves de Covid-19. Não só, protegeu também 100% contra casos moderados de Covid-19”, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas, na entrevista.

 

“A internação hospitalar foi evitada. Nenhum voluntário que recebeu a vacina foi internado, 100% de eficácia. A pessoa pode até se infectar, mas nós queremos que essa pessoa não progrida com essa doença, que essa pessoa não fique mais grave e que essa pessoa não tenha que ir para o hospital e fique internada.”

 

Covas lembrou que o estudo clínico da CoronaVac, feito com 12.476 profissionais de saúde até o momento, incluiu pessoas idosas e que, com isso, é possível afirmar que a vacina mostrou-se 100% eficaz também na prevenção de casos graves de Covid-19 em idosos. Não foi informada a proporção de idosos no estudo.

 

“A eficácia para proteção contra casos graves se aplica tanto aos mais jovens como aos idosos. Não há nesse momento nenhuma diferença observada”, disse o presidente do Butantan.

 

O instituto já havia informado que a CoronaVac mostrou-se segura durante os testes, sem provocar efeitos colaterais graves. De acordo com o Butantan, a vacina provocou apenas, e somente em alguns casos, efeitos leves e esperados em qualquer vacinação, como febre baixa e dor no local da aplicação.

 

Covas afirmou ainda que representantes do Butantan fizeram uma reunião inicial com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta como parte de um protocolo para a apresentação do pedido para uso emergencial da vacina junto à agência. Ele espera que o pedido seja formalizado até a sexta-feira e a Anvisa informou que fará uma nova reunião com o Butantan às 18h desta quinta.

 

Uma vez apresentado o pedido para uso emergencial, a Anvisa afirma que o analisará em 10 dias.

 

Já o pedido de registro definitivo do imunizante deverá ser feito pela Sinovac, na China, e, com isso, em conjunto entre o laboratório chinês e o Butantan no Brasil. Não foi dado um prazo para o pedido definitivo.

 

Na avaliação de Cristina Bonorino, integrante do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia, seria importante ter acesso aos dados do estudo clínico em detalhe. Ela disse, ao mesmo tempo, que, confirmados os dados anunciados, trata-se de um resultado “excelente”.

 

“Eu acho que o mais importante é que a gente confirme se são realmente esses os dados. Uma coisa são os dados apresentados na entrevista, outra coisa é quando a gente pega os dados e reanalisa eles, porque é isso que o comitê da Anvisa faz”, disse.

 

“Se é isso mesmo, é um excelente resultado. E não tem que comparar esses 78% com a vacina da Pfizer, porque a gente não tem a vacina da Pfizer, essa é a única que a gente tem, então está maravilhoso”, disse em referência à vacina desenvolvida em parceria entre a norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, que apresentou eficácia de 95%.

 

Indagado durante a coletiva sobre dados mais detalhados do estudo clínico com a CoronaVac, Covas afirmou que o relatório com os resultados será entregue à Anvisa e publicado em revistas científicas, mas que não iria detalhá-los na entrevista.

 

Ele afirmou, no entanto, que dos voluntários do estudo, 218 contraíram Covid-19 e, desse total, “cento e sessenta e alguma coisa” tomaram placebo e “pouco menos de 60” receberam a vacina.

INTERVALO ENTRE DOSES

 

Covas explicou que o plano inicial de vacinação definido pelas autoridades de saúde de São Paulo prevê um intervalo de 14 dias entre as aplicações da primeira e da segunda doses da CoronaVac, mas que as autoridades de saúde estudam ampliar o intervalo para 28 dias para aumentar a cobertura inicial de vacinação na população. Segundo ele, o intervalo previsto pode variar entre esses dois prazos.

 

Ele defendeu ainda que a vacinação comece rapidamente.

 

“É uma excelente vacina para o momento. Precisamos que ela chegue ao braço das pessoas. Precisamos que ela seja aplicada nos profissionais de saúde e nos idosos, na primeira fase do programa, o mais rapidamente”, disse.

 

O Butantan já tem em solo brasileiro 10,8 milhões de doses da CoronaVac. A expectativa do instituto é chegar a 46 milhões de doses até meados de fevereiro e 100 milhões em maio.

 

Também presente na entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reiterou que a vacinação com a CoronaVac começará no Estado no dia 25 de janeiro.

 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em pronunciamento na quarta-feira em rede nacional de rádio e TV, citou a CoronaVac entre os imunizantes que estarão no Programa Nacional de Imunização e previu o início da vacinação para este mês.

 

A CoronaVac tem sido nos últimos meses o cerne de uma disputa política entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro.

 

De um lado o governador paulista tem na vacina um trunfo em uma possível candidatura á Presidência em 2022 e aproveita as frequentes entrevistas para criticar a forma como Bolsonaro lida com a pandemia.

 

Do outro, Bolsonaro, que minimiza a Covid-19 e já afirmou que não se vacinará contra a doença --que tanto ele como Doria já contraíram--, criticou recentemente a vacina da Sinovac, afirmando que ela não transmitiria segurança à população por ter origem na China.

OUTRAS VACINAS

 

Dois imunizantes que já apresentaram resultados de testes em Fase 3 registraram uma eficácia superior à registrada pela CoronaVac nos testes feitos no Brasil.

 

A vacina desenvolvida em conjunto entre a norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech mostrou eficácia de 95% nos estudos de Fase 3 e já está sendo aplicada em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

 

O imunizante da Moderna indicou ser 94% eficaz na prevenção da doença.

 

Já a vacina da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostrou eficácia média de 70,4%, em uma análise combinada de dados preliminares de estudos de estágio final.

 

Durante a coletiva desta quinta, Covas afirmou que o fato de a CoronaVac ter sido testada somente em profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19 faz dela a vacina que, nas palavras do presidente do Butantan, passou “pela prova mais dura no mundo” para um imunizante contra o coronavírus.

 

A CoronaVac usa a tecnologia de vírus inativado --em que um vírus morto ou pedaços do vírus são injetados na pessoa para provocar uma resposta imune. Esse modelo de vacina já é fabricado pelo Butantan para a prevenção de outras doenças.

 

As vacinas Pfizer/BioNTech e da Moderna usam a tecnologia de RNA mensageiro, ao passo que o imunizante AstraZeneca/Oxford usa o mecanismo de vetor viral, em que um adenovírus incapaz de causar infecção em humanos é geneticamente alterado para incluir pedaços do coronavírus e gerar uma resposta imune.

 

O governo federal tem um acordo para a compra, transferência de tecnologia e futura produção local da vacina da AstraZeneca. O Ministério da Saúde mantém tratativas para compra de doses da vacina da Pfizer.

 

No caso da CoronaVac, o acordo do Butantan prevê também a transferência de tecnologia para a produção integral da CoronaVac no Brasil em uma nova fábrica do instituto cuja previsão de conclusão é setembro de 2021.

(Reuters)

Quinta-feira, 07 de janeiro, 2021 ás 22:00