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sexta-feira, 11 de junho de 2021

PRESIDENTE PEDE PARECER PARA DESOBRIGAR USO DE MÁSCARA A VACINADOS E QUEM JÁ FOI INFECTADO


O presidente Jair colorado afirmou na quinta-feira (10/6), ter conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que seja preparado um parecer desobrigando pessoas vacinadas ou que já tenham sido contaminadas a usarem máscaras. A imbecilidade sugerida pelo presidente é contrária a orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

"Acabei de conversar com um tal de Queiroga. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscaras por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar este símbolo (segurando uma máscara descartável na mão) que tem a sua utilidade para quem está infectado", disse Bolsonaro durante evento sobre turismo no Palácio do Planalto, em Brasília. Ele foi aplaudido pelos puxa sacos presentes ao anunciar a medida.

 

No total, o Brasil registrou 477.307 mortos pela covid-19 e 17.038.503 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Até quarta-feira, apenas 9, 23.418.325 haviam recebido duas doses de vacina, o que representa 11,06% da população com a imunização completa contra o novo coronavírus.

 

A obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos, como comércios, escolas e igrejas, foi aprovada no ano passado pelo Congresso. Bolsonaro chegou a vetar a lei, mas os parlamentares derrubaram o veto. Em alguns Estados, como São Paulo, a pessoa que for pega sem a proteção poderá ser multada.

 

Ao assumir o cargo, em março deste ano, Queiroga adotou um discurso que vai na contramão do presidente. Em uma de suas primeiras entrevistas como ministro, o médico cardiologistas defendeu o uso da proteção e disse que seu objetivo era tornar o Brasil "a pátria de máscaras". “Na época da Copa do Mundo, a nação se une, se chama ‘pátria de chuteira’. Agora é ‘pátria de máscara’. É um pedido que faço a cada um dos brasileiros: usem a máscara”, disse o ministro no dia 23 de março.

 

Ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, na terça-feira, Queiroga foi questionado sobre o fato de o presidente promover diversas aglomerações durante a pandemia e se recusar a usar máscaras em locais públicos, contrariando recomendações da sua pasta. Incomodado com a pergunta, respondeu: "Não sou censor do presidente".

 

No evento desta quinta-feira, Bolsonaro não detalhou se o parecer solicitado ao Ministério da Saúde seria apenas recomendação ou se pretende propor uma nova legislação a respeito do tema, o que necessitaria de aval do Congresso.

 

Em nota, o Ministério da Saúde disse ter recebido o pedido para "estudo" demandado pelo presidente. "O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que recebeu o pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro, para produzir um estudo que trate da flexibilização do uso de máscaras, conforme o avanço da vacinação no país."

 

Em entrevista à CNN Brasil, Queiroga disse não haver prazo para que o estudo seja concluído. "Queremos que seja o mais rápido possível. Para isso precisamos vacinar a população brasileira e avançar", afirmou.

 

Dispensa só pode ocorrer com controle da transmissão, diz OMS

 

Após os primeiros países optarem por autorizar a dispensa do uso de máscaras por pessoas vacinadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu cautela aos governos. Segundo a OMS, a dispensa desses cuidados pode acontecer somente quando não há mais transmissão comunitária da doença e não depende apenas da vacinação contra a covid-19.

 

“A pandemia não terminou, há muita incerteza com as novas variantes e precisamos manter os cuidados básicos para salvar vidas", afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para a covid-19 da OMS. No caso de pessoas já contaminadas, especialistas também não recomendam abandonar a proteção porque há a possibilidade de reinfecção.

*com o site msn

Sexta-feira, 11 de junho, 2021 ás 10:46


 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

CIDADE DE SÃO PAULO INICIA VACINAÇÃO DE GRÁVIDAS

 

Na segunda-feira (7/6), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital paulista inicia a vacinação de gestantes e mulheres que deram à luz a até 45 dias (puérperas) sem comorbidades e maiores de 18 anos, e também de lactantes com comorbidades acima de 18 anos.

 

Os postos drive-thru e farmácias parceiras da campanha de vacinação contra a covid-19 na cidade de São Paulo também foram reabertos e com uma novidade, todos com a segunda dose do imunizante que protege da covid-19. A secretaria vai disponibilizar a segunda dose da vacina em todos os postos da rede, incluindo os megapostos com acesso para pedestres.

 

Também a partir desta segunda-feira, os estagiários dos cursos de saúde, independentemente do ano cursado, poderão se cadastrar para doses remanescentes nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. Todos os dias, de 1.800 a 2.000 doses ficam disponíveis no fim do dia e podem ser aplicadas no público que se cadastrar para as doses que sobrarem.

 

Até sábado (5/6), foram aplicadas 5.275.141 doses na cidade de São Paulo desde o início da campanha, em 19 de janeiro. Desse número, 3.635.748 pessoas receberam a primeira dose e 1.639.393 já completaram o esquema vacinal com a segunda dose.

 

A secretaria alerta para a importância de tomar as duas doses da vacina, respeitando os intervalos recomendados entre uma e outra dose, para completar o esquema vacinal e obter a proteção necessária contra a covid-19. No caso da CoronaVac, do Butantan, o intervalo é de 21 a 28 dias. Já as vacinas da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz e da Pfizer o prazo entre a primeira e segunda dose é de 12 semanas.

 

Todas as salas de vacinação das 468 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo estão abastecidas de maneira a garantir o acesso às vacinas dos grupos prioritários elegíveis no momento, conforme instruções disponíveis na página Vacina Sampa.

 

Mesmo após receber as duas aplicações da vacina, todas as pessoas devem seguir com os cuidados sanitários, como o uso de máscara, a higienização com álcool em gel e o distanciamento social, evitando aglomerações.

 

O estado de São Paulo aplicou 119.450 vacinas contra a covid-19 no sábado, Dia D de Vacinação. Mais de 5 mil pontos de vacinação ficaram abertos em todo estado. Hoje, 92.569 pessoas deram início ao seu esquema vacinal e deverão retornar aos postos dentro dos prazos indicados para cada imunizante.

 

“Conseguimos resultados importantes e agradecemos a todos os que compareceram aos postos e aos que trabalharam neste dia. Queremos e precisamos avançar mais, pois somente com a segunda dose é possível garantir a proteção”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula.

 

“Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes. Quem não conseguiu ir hoje a um posto e ainda está com a segunda dose em atraso pode procurar a rede de saúde nos próximos dias e completar seu esquema vacinal”, disse a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Tatiana Lang D’Agostini.

 

Com base nas estatísticas populacionais do Ministério da Saúde, para cada faixa etária ou público específico, o governo de São Paulo define as remessas de doses necessárias para as 645 cidades em cada etapa da campanha. Os quantitativos de primeira e segunda dose são idênticos, realizados em duas entregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas.

 

A Secretaria de Estado da Saúde encaminhou na última semana 279.815 doses extras da CoronaVac para cerca de 500 cidades exclusivamente para aplicação da segunda dose. (ABr)

Segunda-feira, 07 de junho, 2021 ás 13:19

domingo, 6 de junho de 2021

DIA NACIONAL DO TESTE DO PEZINHO DESTACA BENEFÍCIOS

 

A sanção do Projeto de Lei n° 5043/2020, que amplia o número de doenças detectáveis pelo teste do pezinho, ocorrida no último dia 26 de maio, representa um benefício para a população brasileira, na avaliação do presidente do Departamento Científico de Genética da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Salmo Raskin. Em entrevista à Agência Brasil, o pediatra especializado em genética médica afirmou que o teste do pezinho em si mesmo já é um benefício para as famílias, porque permite que todo brasileiro, independentemente de sua condição financeira, possa ser testado ao nascimento para seis doenças que têm, em comum, a peculiaridade de, se não forem detectadas precocemente e tratadas, a pessoa ter um problema sério de saúde, não ter uma vida normal e até morrer.

 

“Agora, com a lei, isso vai ficar muito melhor porque, além de investigar seis doenças, mais de 50 doenças vão ser possíveis de investigação. Em consequência, muito mais bebês e famílias vão ser beneficiados do que já são hoje em dia”, disse. O pediatra ressaltou que são doenças difíceis de diagnóstico pelo médico sozinho. “Se não fizer (o teste do pezinho) no primeiro mês de vida, essa criança vai ter problemas gravíssimos logo e no resto da vida”.

 

A nova lei entra em vigor daqui a um ano, tempo necessário para que os centros que fazem o atual diagnóstico do teste do pezinho possam se capacitar e adaptar do ponto de vista técnico, para sair de seis doenças para um grupo de 14 doenças que envolvem cerca de 53 enfermidades.

 

Salmo Raskin informou que todas essas doenças são consideradas doenças raras. A doença menos rara afeta um em cada 10 mil nascidos, indicou. As outras são mais raras do que isso. “São doenças terríveis. Podem levar à convulsão, retardo mental, neurodegeneração (a criança regride). São doenças gravíssimas Mas se você faz o teste rapidamente e trata, as crianças podem ter uma vida muito próxima do normal”.

 

De acordo com o presidente do Departamento Científico de Genética da SBP, o teste do pezinho pode ser feito até o trigésimo dia de vida do bebê. O recomendável, entretanto, é que ele seja feito até o sétimo dia de vida da criança. Raskin explicou que no Paraná, onde reside, o centro que faz o teste é muito organizado. “Toda criança que nasce no Paraná, na hora de sair da maternidade, ela já coleta o sangue. Com dois dias de vida, toda criança já coletou”. Em outros lugares do Brasil, não ocorre o mesmo. Em geral, os pais deixam para fazer o teste quando a criança volta ao posto de saúde para vacinar. O teste é feito gratuitamente na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Salmo Raskin destacou que o principal, além da realização de teste no SUS, é o atendimento médico dessa criança após o diagnóstico, que nem sempre é efetuado na rede privada. “De que adianta fazer o diagnóstico dessas doenças raras e depois não disponibilizar o tratamento, o atendimento dessas crianças? ”, indagou. Por isso, o Programa de Triagem Neonatal engloba não só o teste, mas também o acompanhamento de quem for diagnosticado pelo teste, na rede do SUS.

 

As doenças raras estão ganhando mais atenção da medicina nos últimos tempos, admitiu Salmo Raskin, que trabalha com doenças raras há 28 anos. O teste do pezinho começou a ser feito no Brasil na década de 1970, com uma doença chamada fenilcetonúria, que causa retardo mental. Em junho de 2001, a Portaria 822 do Ministério da Saúde instituiu, no âmbito do SUS, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que obriga hospitais públicos e particulares a realizar o teste do pezinho.

 

Para Salmo Raskin, o maior desafio para a realização do teste do pezinho ampliado não é o teste propriamente dito, porque o Brasil possui uma rede vasta de laboratórios, que terão que se adaptar para fazer o diagnóstico de mais de 50 enfermidades. “O desafio será poder dar o atendimento e o tratamento para quem for diagnosticado. Esse vai ser mais desafiante do que o próprio teste”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 6% e 7% da população mundial têm doenças raras. Isso equivaleria, no Brasil, a algo entre 12 milhões e 14 milhões de pessoas. “É uma estimativa. Não tem nada concreto”.

 

Erika Moutela teve sua segunda filha, Manuela, no dia 10 de maio passado e fez o teste do pezinho no sexto dia de vida da bebê. Por conta da pandemia do novo coronavírus, ela optou por fazer o teste na rede privada, na própria residência, porque considerou que era “mais seguro, no momento”. Já o primeiro filho, Henrique, de 4 anos de idade, fez o teste do pezinho no SUS. Erika afirmou que o teste do pezinho é eficaz. Elogiou a ampliação do diagnóstico de doenças raras oferecida pela lei. “A gente vai tendo conhecimento da importância (do teste), da quantidade de doenças que podem ser detectadas e que pode ser tratada uma série de problemas. É superimportante”.

 

A presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), endocrinologista Tânia Bachega, disse à Agência Brasil que o Dia Nacional do Teste do Pezinho visa à conscientização da população para discutir a necessidade desse exame. No âmbito do SUS, ele é feito dentro do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Quando há resultado positivo, o bebê faz outro exame e é encaminhado para um especialista, para medicação. “É todo um tratamento. Ele vai além do teste em si”.

 

Tânia Bachega afirmou que o teste do pezinho serve para detectar doenças que causam complicações graves mas que, nas fases iniciais, o bebê não tem sinais que chamem atenção ao diagnóstico. “A maioria dessas doenças causa deficiência intelectual, podendo levar até à morte precoce”. O exame consiste em uma picada no calcanhar do bebê para coleta de sangue. “É um exame para selecionar casos suspeitos. Para toda doença que o teste der positivo, o bebê é encaminhado para exame confirmatório, mais específico, em laboratório do SUS e, depois, levado para o especialista. É assim que funciona. É um programa de saúde”. A presidente da SBTEIM acredita que a ampliação do teste vai ajudar muito a população. “Agora, a gente tem até 14 grupos de doenças”.

 

Tânia Bachega analisou que os centros de diagnóstico no país não estão preparados para efetuar o teste do pezinho ampliado. O projeto original do deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS) previa uma incorporação imediata. Tânia argumentou que o grande problema é que essas doenças envolvem dosagem por um aparelho de alto custo chamado espectrômetro de massa e, para colocar os valores de normalidade, a implantação dessa metodologia envolve alta complexidade. “Então, é preciso um tempo para os serviços serem treinados, capacitados. Este projeto nos ensinou muito porque o deputado se uniu a geneticistas, ouviu sociedades médicas e o Ministério da Saúde e essa incorporação é escalonada”. Para Tânia, foi uma grande lição: “o Legislativo, as sociedades médicas e universidades não podem trabalhar sozinhos. Têm que se unir para otimizar as políticas de saúde pública”, disse.

 

Segundo a presidente da SBTEIM, a grande maioria dos estados do Sul, sudeste e Centro-Oeste tem condições de ampliar essa triagem de forma escalonada. “Essa lei vai uniformizar as ampliações, mas a gente não pode deixar de ter um olhar para o Norte e Nordeste. Grande parte dos estados não está conseguindo fazer o diagnóstico das doenças iniciais”. Em sua área de atuação, que é a endocrinologia, uma das primeiras doenças incorporadas no teste do pezinho foi o hipotireoidismo congênito que, se não for bem identificado e tratado até 30 dias de vida, pode provocar o cretinismo, uma doença mental grave. “É uma doença que se for tratada antes de 30 dias, nós vamos ter uma criança normal, com remédio barato. Isso não tem preço para a qualidade de vida”.

 

A médica, que é também professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), informou que muitos estados não estão conseguindo fazer essa triagem porque faltam 'kits' e o resultado sai com atraso de quatro a cinco meses. “É muito tarde”. Por isso, afirmou que não há condição de o Brasil ampliar a triagem de uma vez. “A gente tem que aproveitar essa ampliação e, primeiro, arrumar a casa no Norte e Nordeste. Este é um problema grave que precisa ser resolvido, para a gente conseguir dar um passo na saúde das nossas crianças”, concluiu a presidente da SBTEIM.

 

Atualmente, o teste do pezinho realizado no SUS detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística e deficiência de biotinidase. Com a ampliação do teste do pezinho, poderão ser detectadas doenças como toxoplasmose, além de doenças derivadas de Erros Inatos do Metabolismo (EIM), Erros Inatos da Imunidade (EII) e a Atrofia Muscular Espinhal (AME), entre outras.

Domingo, 06 de junho, 2021 ás 11:51