Os
tribunais brasileiros terminaram o ano de 2019 com 77,1 milhões de processos
aguardando uma solução definitiva, segundo o relatório Justiça em Números,
divulgado nesta terça-feira, dia 25, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A
produtividade dos magistrados, que decidiram em média 2,1 mil ações cada um,
aumentou pelo segundo ano consecutivo, o que resultou em menos 1,5 milhão de
processos pendentes em relação a 2018.
“É
a maior queda de toda a série histórica contabilizada pelo CNJ, com início em
2009”, destacou o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, na apresentação do
balanço. “A produtividade média dos magistrados também foi a maior dos últimos
11 anos. Em 2019, essa produtividade média elevou-se em 13%”, completou. Se, de
um lado, o desempenho da Justiça em solucionar os casos foi o melhor desde
2009, de outro, o Judiciário viu serem ajuizadas 30,2 milhões novas ações que
se somaram ao ‘estoque’.
O
estudo mostra que apenas 12,5% dos processos foram solucionados pela via da
conciliação. “A litigiosidade no Brasil permanece alta e a cultura da
conciliação, incentivada mediante política permanente do CNJ desde 2006, ainda
apresenta lenta evolução”, reconheceu Toffoli.
O
Judiciário custou R$ 100,2 bilhões aos cofres públicos no ano passado, um
crescimento de 2,6% em relação a 2018, segundo o relatório. Gastos com
salários, auxílios, benefícios e aposentadorias consumiram 90,6% do total. As
pensões somaram cerca de R$ 18 bilhões, de acordo com o documento. Ao todo,
foram reunidos dados de 90 tribunais da Justiça Federal, Estadual, do Trabalho
e Militar. As estatísticas do Supremo Tribunal Federal, que não é submetido ao
CNJ, ficam de fora do relatório.
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Estadão
Sábado,
29 de agosto, 2020 ás 18:00
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