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sábado, 30 de janeiro de 2021

COMUNICAÇÕES E BANCO DO BRASIL FAZEM PARCERIA PARA EXPANDIR SINAL DE INTERNET


O Ministério das Comunicações anunciou na 4ª feira (27.jan.2021) uma parceria com o Banco do Brasil para expandir o Programa Wi-Fi Brasil. A meta é que o Banco auxilie o Ministério levando pontos de internet para agências em cidades que têm pouca ou nenhuma conexão de internet.

 

A parceria também prevê a capacitação de clientes para o mundo digital, consultoria em educação financeira e uso dos serviços bancários por produtores rurais.

 

O acordo foi confirmado após uma reunião do ministro das Comunicações, Fábio Faria, com o presidente do banco, André Brandão.

 

“Queremos unir forças para levar acesso à internet, capacitação aos nossos clientes e colaborar nesse movimento de transformação digital. Estamos discutindo localidades que podem receber o sinal. Com Wi-Fi no campo, por exemplo, o fazendeiro que tiver acesso à internet vai poder fazer suas transações bancárias sem precisar ir até uma agência física”, disse Brandão.

 

O Wi-Fi Brasil leva internet de alta velocidade a locais remotos onde esse recurso não chega por fibra óptica nem por sinal de rede móvel de dados. O programa atende escolas, postos de saúde, unidades de segurança pública, aldeias indígenas, quilombos e assentamentos rurais.

 

Ao longo de 2020, foram instalados 12.715 pontos de internet ilimitada. Mais de 80% deles atenderam às regiões Norte e Nordeste. De acordo com o governo, a internet de alta velocidade chegou a mais de 9,5 mil escolas, alcançando 2,6 milhões de estudantes.

 

“O plano está apenas no início, mas esta é uma ideia extremamente válida. A praça é um ponto de encontro na maioria das cidades pequenas, isoladas e distantes dos centros urbanos. E, hoje em dia, levar conectividade, colocar um ponto de Wi-Fi em um lugar desses é como se fosse levar água”. (ABr)

Sábado, 29 de janeiro, 2021 ás 12:30   

 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

CARTA À PFIZER EXPÕE GESTÃO INEFICIENTE, DO GOVERNO


As críticas públicas da gestão Jair Bolsonaro à proposta da Pfizer para venda de vacinas contra covid-19 foram vistas por especialistas como atestado da inabilidade em pôr de pé um plano amplo e eficiente de imunização. O temor agora é que a guerra de narrativas afaste outras farmacêuticas com quem o Ministério da Saúde ainda poderia obter mais doses, num momento de alta de casos e óbitos.

 

A pasta de Eduardo Pazuello divulgou no sábado nota acusando a Pfizer de buscar “marketing” na negociação e indicou pontos que, na visão do governo, pesaram contra o acordo com a farmacêutica americana. Esses obstáculos são contestados por especialistas. A Pfizer não comenta. A sucessão de trapalhadas do governo na pandemia levou partidos a discutirem o impeachment do presidente da República.

 

Uma das razões citadas pela pasta é o fato de a Pfizer só ter acenado com dois milhões de doses no 1º trimestre. “Para o Brasil, causaria frustração”, disse a Saúde, “pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina”, prosseguiu.

 

Mas Pazuello foi na última sexta-feira ao Aeroporto de Guarulhos para recepcionar a mesma quantidade de doses da vacina Oxford/AstraZeneca que o ministério importou da Índia para acelerar a imunização, após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sair na frente com a CoronaVac.

 

Em 2020, o governo chegou a negociar com a Pfizer 70 milhões de doses para 2021, mas a compra não avançou e o Brasil perdeu lugar na fila, apesar de alertas da farmacêutica para a alta demanda. “Dois milhões de doses (da Pfizer) eram pouco em setembro, (mas) sexta-feira recriaram uma ‘fonte luminosa’ e um ‘coreto’ para receber a mesma dosagem (da Oxford”, criticou o epidemiologista Paulo Lotufo, da USP, no Twitter.

 

“Foi tomada decisão consciente. Não negociaram, mas não previram que isso ia gerar muitas críticas”, diz o professor do Insper e doutor em Economia Thomas Conti. “Minha maior preocupação é que desviar a responsabilidade para o laboratório pode afastar outros fornecedores. O governo politizou a relação com a Pfizer. ”

 

A vacina da Pfizer tem logística complexa, pois precisa ser armazenada entre 70°C a 80°C negativos. Lotufo, porém, listou medidas que permitiriam aproveitar as doses, como enviar lotes de vacina a capitais do Norte e fazer aplicações em hangares e salas de aeroporto, esvaziados na pandemia. Para ele, esse plano dispensaria “superfreezers”, pois as doses sairiam da caixa térmica diretamente para o braço das pessoas. “Se (o envio dasdoses) ocorresse em dezembro, hoje a catástrofe estaria minimizada no Norte”, escreveu.

 

Carla Domingues, epidemiologista e chefe do Programa Nacional de Imunização (PNI) de 2011 a 2019, diz ser difícil avaliar o contrato, pois a íntegra não foi divulgada, para ver se há “cláusulas leoninas e abusivas”, como diz a Saúde. Mas questiona o fato de sermos o único país a ter problema para negociar com a Pfizer, enquanto americanos e europeus compraram. “A dificuldade é porque o Brasil não se planejou para essa vacina, de enorme complexidade. ”

 

Conti ainda vê inconsistências na fala do governo: entraves como a ausência do diluente (que seria soro fisiológico comum) e de reposição do gelo seco para manter frascos na temperatura correta seriam resolvidos com planejamento. Sobre eximir a fabricante de responsabilização civil em caso de efeitos adversos, ele diz que essa cláusula já existe há décadas em países desenvolvidos, inclusive para outras vacinas, e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Fundo

 

Nos Estados Unidos, o Programa Nacional de Compensação por Danos de Vacinas existe desde 1988 e indeniza quem eventualmente sofra efeitos colaterais após tomar vacinas cobertas pelo fundo (como as de difteria, tétano e hepatite A e B). De 2006 a 2018, foram aplicadas 3,7 bilhões de doses, e só 5.317 compensações pagas.

 

O fundo, diz Conti, foi criado após uma onda antivacina ter aumentado ações contra farmacêuticas, desestimulando a fabricação e reduzindo a oferta de imunizantes. Para ele, o Brasil poderia criar um fundo similar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segunda-feira, 25 de janeiro, 2021 ás 10:15