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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

BRASIL E REINO UNIDO ASSINAM COOPERAÇÃO SOBRE INOVAÇÃO DIGITAL

 


Brasil e Reino Unido assinaram terça-feira (29/12) um memorando de entendimento para impulsionar a cooperação na área de transformação digital. Em nota, o Ministério da Economia explicou que o país europeu passará a colaborar de forma sistemática para a criação de estratégias e a aplicação de soluções em prol dos serviços públicos brasileiros.

 

“Na prática, a digitalização, a transparência, a governança de dados, a inovação e a acessibilidade serão enfatizadas”, disse.

 

O documento foi assinado pelo secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro, e a encarregada de Negócios da Embaixada Britânica, ministra-conselheira Liz Davidson.

 

“O Reino Unido está nas primeiras colocações nos rankings de governo digital da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e adotou uma estratégia bem-sucedida de centralização de canais, que foi uma das inspirações para a construção do nosso gov.br”, ressalta Monteiro, na nota.

 

O portal único do governo federal, gov.br, reúne mais de quatro mil serviços, sendo que 65% podem ser solicitados apenas por via digital.

 

O memorando de entendimento tem duração até março de 2023. De acordo com o Ministério da Economia, entre as ações de cooperação previstas estão: oferecer treinamento no campo da inovação, digitalização, gestão pública e planejamento governamental com especial ênfase em temas de governança de dados e acessibilidade; participar do planejamento e implementação de soluções concretas de digitalização; e compartilhamento de conhecimento mútuo no Brasil.

O Brasil já possui cooperação semelhante com a Dinamarca.

Terça-feira, 29 de dezembro, 2020 ás 16:00


 

domingo, 27 de dezembro de 2020

CANDIDATOS GASTARAM MAIS DE R$ 2,8 BILHÕES NA CAMPANHA ELEITORAL DE 2020

 

Os candidatos a prefeito e vereador em todo país gastaram mais de R$ 2,8 bilhões com a campanha eleitoral de 2020. Com as restrições por conta da pandemia, a despesa total representa uma redução de 20% quando comparada com os gastos da campanha de 2016, cerca de R$ 3,5 bilhões, já em valores corrigidos.

 

A soma de 2020, contudo, pode passar por mudanças, já que o Tribunal Superior Eleitoral ainda processa informações enviadas pelos candidatos, além daqueles que ainda não prestaram contas à Justiça Eleitoral.

 

As restrições por conta da pandemia não mudaram muito a distribuição dos gastos. A maior despesa contratada dos candidatos foi com a produção de materiais impressos, que representam 21% do total. Em segundo lugar, ficou a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, com cerca de 9% do total. No total dos gastos analisados pelo G1, a partir de dados do TSE, não foram consideradas despesas de campanha dos partidos, apenas aquelas contratadas pelos candidatos.

 

Para a disputa de 2020, os candidatos tiveram como fonte de financiamento o Fundo Eleitoral, que destinou mais de R$ 2 bilhões para os partidos, além de recursos do Fundo Partidário (R$ 959 milhões) e as doações de pessoas físicas. Desde 2015, estão proibidas as doações feitas por empresas.

 

Na avaliação do cientista político e professor da PUC Minas Malco Camargos, as despesas totais da campanha de 2020 precisam ser analisadas considerando o tamanho de uma eleição municipal em um país com as dimensões do Brasil. Ele ressalta que o aumento do número de candidaturas impactou de certa forma o volume de recursos a serem distribuídos, e que é preciso garantir que a distribuição tenha sido a mais democrática possível.

 

“São mais de 5 mil municípios no Brasil e, em cada um deles elegemos um prefeito, um vice-prefeito e pelo menos nove vereadores. O que parece muito quando distribuído nestes cenários mostra que pode não ser suficiente. Além do financiamento público, as regras nesta eleição também geraram incentivos para o lançamento de várias candidaturas, deixando os recursos ainda mais escassos. Mas, frente à escassez, o mais necessário é garantir a democratização do uso do recurso”, observa Camargos.

 

No levantamento feito pelo G1, os desembolsos das campanhas neste ano com emulsionamento de conteúdo nas redes sociais chegaram a R$ 95 milhões, pouco mais de 3% dos custos das campanhas. Para Camargos, o modelo digital não substitui as estratégias das campanhas pré-internet.

 

“A inclusão de novas mídias não enfraquece o uso de mídias comumente usadas. O digital veio para ficar, mas ele não vai substituir a TV, o rádio e também o corpo a corpo das campanhas. O que certamente diminuiu foram os gastos com eventos de campanha”, explica o cientista político Malco Camargos da PUC Minas.

 

A distribuição dos gastos por partido segue de alguma forma o tamanho das legendas e o acesso aos recursos públicos para as campanhas. O MDB lidera a lista com despesa total de R$ 279 milhões, seguido por PSDB (R$ 254 milhões), PSD (R$ 248 milhões) e DEM (R$ 227 milhões).

 

Com a maior fatia do Fundo Eleitoral para 2020 e também com queda no total de prefeitos eleitos neste ano, os candidatos do PT gastaram menos: R$ 197 milhões. Os candidatos do PSL, que ficou com a segunda maior proporção do Fundo Eleitoral, registram a décima posição com a maior soma de despesas de campanha.

 

A lista de candidatos com mais gastos de campanha é liderada por prefeitos e vereadores eleitos de grandes cidades, em especial São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde os custos para realizar campanha são mais altos.

 

Entre os prefeitos eleitos, Bruno Covas, de São Paulo, registra o maior gasto total de campanha: R$ 20 milhões. Em segundo lugar aparece o prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis (R$ 12 milhões), seguido por João Campos de Recife (R$ 10 milhões) e Eduardo Paes, no Rio, com R$ 9,3 milhões.

 

A lista dos vereadores que mais gastaram nesta companha é encabeça por dois candidatos do DEM e um do PSD. Milton Leite (DEM), vereador eleito de São Paulo, foi quem mais gastou: R$ 2,5 milhões. Em segundo lugar está Laura Carneiro (DEM), no Rio de Janeiro (R$ 1,17 milhão), seguida de Rodrigo Goulart, do PSD de São Paulo, com R$ 1,15 milhão. Laura Carneiro não vai assumir o mandato porque será nomeada secretária municipal de Assistência Social.

 

Em nota, a assessoria do vereador Milton Leite explica que o gasto da companha foi compatível com despesas de eleições anteriores, e que o volume deste ano esteve dentro do limite estabelecido pela Justiça Eleitoral. Sobre o valor alto das despesas, a assessoria do vereador explica que isso também reflete a estratégia do partido em SP.

 

“É uma estratégia do partido em investir em sua campanha. Assim como em 2016, nestas eleições foi o segundo vereador mais votado do país e sua expressiva votação o coloca como o principal puxador de votos do partido, beneficiando toda a chapa dos democratas”, diz a nota da equipe do vereador.

*G1

Domingo, 27 de dezembro, 2020 ás 20:45