Seja nosso seguidor

Se não é seguidor, cadastre agora

segunda-feira, 7 de junho de 2021

CIDADE DE SÃO PAULO INICIA VACINAÇÃO DE GRÁVIDAS

 

Na segunda-feira (7/6), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital paulista inicia a vacinação de gestantes e mulheres que deram à luz a até 45 dias (puérperas) sem comorbidades e maiores de 18 anos, e também de lactantes com comorbidades acima de 18 anos.

 

Os postos drive-thru e farmácias parceiras da campanha de vacinação contra a covid-19 na cidade de São Paulo também foram reabertos e com uma novidade, todos com a segunda dose do imunizante que protege da covid-19. A secretaria vai disponibilizar a segunda dose da vacina em todos os postos da rede, incluindo os megapostos com acesso para pedestres.

 

Também a partir desta segunda-feira, os estagiários dos cursos de saúde, independentemente do ano cursado, poderão se cadastrar para doses remanescentes nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. Todos os dias, de 1.800 a 2.000 doses ficam disponíveis no fim do dia e podem ser aplicadas no público que se cadastrar para as doses que sobrarem.

 

Até sábado (5/6), foram aplicadas 5.275.141 doses na cidade de São Paulo desde o início da campanha, em 19 de janeiro. Desse número, 3.635.748 pessoas receberam a primeira dose e 1.639.393 já completaram o esquema vacinal com a segunda dose.

 

A secretaria alerta para a importância de tomar as duas doses da vacina, respeitando os intervalos recomendados entre uma e outra dose, para completar o esquema vacinal e obter a proteção necessária contra a covid-19. No caso da CoronaVac, do Butantan, o intervalo é de 21 a 28 dias. Já as vacinas da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz e da Pfizer o prazo entre a primeira e segunda dose é de 12 semanas.

 

Todas as salas de vacinação das 468 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo estão abastecidas de maneira a garantir o acesso às vacinas dos grupos prioritários elegíveis no momento, conforme instruções disponíveis na página Vacina Sampa.

 

Mesmo após receber as duas aplicações da vacina, todas as pessoas devem seguir com os cuidados sanitários, como o uso de máscara, a higienização com álcool em gel e o distanciamento social, evitando aglomerações.

 

O estado de São Paulo aplicou 119.450 vacinas contra a covid-19 no sábado, Dia D de Vacinação. Mais de 5 mil pontos de vacinação ficaram abertos em todo estado. Hoje, 92.569 pessoas deram início ao seu esquema vacinal e deverão retornar aos postos dentro dos prazos indicados para cada imunizante.

 

“Conseguimos resultados importantes e agradecemos a todos os que compareceram aos postos e aos que trabalharam neste dia. Queremos e precisamos avançar mais, pois somente com a segunda dose é possível garantir a proteção”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula.

 

“Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes. Quem não conseguiu ir hoje a um posto e ainda está com a segunda dose em atraso pode procurar a rede de saúde nos próximos dias e completar seu esquema vacinal”, disse a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Tatiana Lang D’Agostini.

 

Com base nas estatísticas populacionais do Ministério da Saúde, para cada faixa etária ou público específico, o governo de São Paulo define as remessas de doses necessárias para as 645 cidades em cada etapa da campanha. Os quantitativos de primeira e segunda dose são idênticos, realizados em duas entregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas.

 

A Secretaria de Estado da Saúde encaminhou na última semana 279.815 doses extras da CoronaVac para cerca de 500 cidades exclusivamente para aplicação da segunda dose. (ABr)

Segunda-feira, 07 de junho, 2021 ás 13:19

domingo, 6 de junho de 2021

DIA NACIONAL DO TESTE DO PEZINHO DESTACA BENEFÍCIOS

 

A sanção do Projeto de Lei n° 5043/2020, que amplia o número de doenças detectáveis pelo teste do pezinho, ocorrida no último dia 26 de maio, representa um benefício para a população brasileira, na avaliação do presidente do Departamento Científico de Genética da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Salmo Raskin. Em entrevista à Agência Brasil, o pediatra especializado em genética médica afirmou que o teste do pezinho em si mesmo já é um benefício para as famílias, porque permite que todo brasileiro, independentemente de sua condição financeira, possa ser testado ao nascimento para seis doenças que têm, em comum, a peculiaridade de, se não forem detectadas precocemente e tratadas, a pessoa ter um problema sério de saúde, não ter uma vida normal e até morrer.

 

“Agora, com a lei, isso vai ficar muito melhor porque, além de investigar seis doenças, mais de 50 doenças vão ser possíveis de investigação. Em consequência, muito mais bebês e famílias vão ser beneficiados do que já são hoje em dia”, disse. O pediatra ressaltou que são doenças difíceis de diagnóstico pelo médico sozinho. “Se não fizer (o teste do pezinho) no primeiro mês de vida, essa criança vai ter problemas gravíssimos logo e no resto da vida”.

 

A nova lei entra em vigor daqui a um ano, tempo necessário para que os centros que fazem o atual diagnóstico do teste do pezinho possam se capacitar e adaptar do ponto de vista técnico, para sair de seis doenças para um grupo de 14 doenças que envolvem cerca de 53 enfermidades.

 

Salmo Raskin informou que todas essas doenças são consideradas doenças raras. A doença menos rara afeta um em cada 10 mil nascidos, indicou. As outras são mais raras do que isso. “São doenças terríveis. Podem levar à convulsão, retardo mental, neurodegeneração (a criança regride). São doenças gravíssimas Mas se você faz o teste rapidamente e trata, as crianças podem ter uma vida muito próxima do normal”.

 

De acordo com o presidente do Departamento Científico de Genética da SBP, o teste do pezinho pode ser feito até o trigésimo dia de vida do bebê. O recomendável, entretanto, é que ele seja feito até o sétimo dia de vida da criança. Raskin explicou que no Paraná, onde reside, o centro que faz o teste é muito organizado. “Toda criança que nasce no Paraná, na hora de sair da maternidade, ela já coleta o sangue. Com dois dias de vida, toda criança já coletou”. Em outros lugares do Brasil, não ocorre o mesmo. Em geral, os pais deixam para fazer o teste quando a criança volta ao posto de saúde para vacinar. O teste é feito gratuitamente na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Salmo Raskin destacou que o principal, além da realização de teste no SUS, é o atendimento médico dessa criança após o diagnóstico, que nem sempre é efetuado na rede privada. “De que adianta fazer o diagnóstico dessas doenças raras e depois não disponibilizar o tratamento, o atendimento dessas crianças? ”, indagou. Por isso, o Programa de Triagem Neonatal engloba não só o teste, mas também o acompanhamento de quem for diagnosticado pelo teste, na rede do SUS.

 

As doenças raras estão ganhando mais atenção da medicina nos últimos tempos, admitiu Salmo Raskin, que trabalha com doenças raras há 28 anos. O teste do pezinho começou a ser feito no Brasil na década de 1970, com uma doença chamada fenilcetonúria, que causa retardo mental. Em junho de 2001, a Portaria 822 do Ministério da Saúde instituiu, no âmbito do SUS, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que obriga hospitais públicos e particulares a realizar o teste do pezinho.

 

Para Salmo Raskin, o maior desafio para a realização do teste do pezinho ampliado não é o teste propriamente dito, porque o Brasil possui uma rede vasta de laboratórios, que terão que se adaptar para fazer o diagnóstico de mais de 50 enfermidades. “O desafio será poder dar o atendimento e o tratamento para quem for diagnosticado. Esse vai ser mais desafiante do que o próprio teste”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 6% e 7% da população mundial têm doenças raras. Isso equivaleria, no Brasil, a algo entre 12 milhões e 14 milhões de pessoas. “É uma estimativa. Não tem nada concreto”.

 

Erika Moutela teve sua segunda filha, Manuela, no dia 10 de maio passado e fez o teste do pezinho no sexto dia de vida da bebê. Por conta da pandemia do novo coronavírus, ela optou por fazer o teste na rede privada, na própria residência, porque considerou que era “mais seguro, no momento”. Já o primeiro filho, Henrique, de 4 anos de idade, fez o teste do pezinho no SUS. Erika afirmou que o teste do pezinho é eficaz. Elogiou a ampliação do diagnóstico de doenças raras oferecida pela lei. “A gente vai tendo conhecimento da importância (do teste), da quantidade de doenças que podem ser detectadas e que pode ser tratada uma série de problemas. É superimportante”.

 

A presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), endocrinologista Tânia Bachega, disse à Agência Brasil que o Dia Nacional do Teste do Pezinho visa à conscientização da população para discutir a necessidade desse exame. No âmbito do SUS, ele é feito dentro do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Quando há resultado positivo, o bebê faz outro exame e é encaminhado para um especialista, para medicação. “É todo um tratamento. Ele vai além do teste em si”.

 

Tânia Bachega afirmou que o teste do pezinho serve para detectar doenças que causam complicações graves mas que, nas fases iniciais, o bebê não tem sinais que chamem atenção ao diagnóstico. “A maioria dessas doenças causa deficiência intelectual, podendo levar até à morte precoce”. O exame consiste em uma picada no calcanhar do bebê para coleta de sangue. “É um exame para selecionar casos suspeitos. Para toda doença que o teste der positivo, o bebê é encaminhado para exame confirmatório, mais específico, em laboratório do SUS e, depois, levado para o especialista. É assim que funciona. É um programa de saúde”. A presidente da SBTEIM acredita que a ampliação do teste vai ajudar muito a população. “Agora, a gente tem até 14 grupos de doenças”.

 

Tânia Bachega analisou que os centros de diagnóstico no país não estão preparados para efetuar o teste do pezinho ampliado. O projeto original do deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS) previa uma incorporação imediata. Tânia argumentou que o grande problema é que essas doenças envolvem dosagem por um aparelho de alto custo chamado espectrômetro de massa e, para colocar os valores de normalidade, a implantação dessa metodologia envolve alta complexidade. “Então, é preciso um tempo para os serviços serem treinados, capacitados. Este projeto nos ensinou muito porque o deputado se uniu a geneticistas, ouviu sociedades médicas e o Ministério da Saúde e essa incorporação é escalonada”. Para Tânia, foi uma grande lição: “o Legislativo, as sociedades médicas e universidades não podem trabalhar sozinhos. Têm que se unir para otimizar as políticas de saúde pública”, disse.

 

Segundo a presidente da SBTEIM, a grande maioria dos estados do Sul, sudeste e Centro-Oeste tem condições de ampliar essa triagem de forma escalonada. “Essa lei vai uniformizar as ampliações, mas a gente não pode deixar de ter um olhar para o Norte e Nordeste. Grande parte dos estados não está conseguindo fazer o diagnóstico das doenças iniciais”. Em sua área de atuação, que é a endocrinologia, uma das primeiras doenças incorporadas no teste do pezinho foi o hipotireoidismo congênito que, se não for bem identificado e tratado até 30 dias de vida, pode provocar o cretinismo, uma doença mental grave. “É uma doença que se for tratada antes de 30 dias, nós vamos ter uma criança normal, com remédio barato. Isso não tem preço para a qualidade de vida”.

 

A médica, que é também professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), informou que muitos estados não estão conseguindo fazer essa triagem porque faltam 'kits' e o resultado sai com atraso de quatro a cinco meses. “É muito tarde”. Por isso, afirmou que não há condição de o Brasil ampliar a triagem de uma vez. “A gente tem que aproveitar essa ampliação e, primeiro, arrumar a casa no Norte e Nordeste. Este é um problema grave que precisa ser resolvido, para a gente conseguir dar um passo na saúde das nossas crianças”, concluiu a presidente da SBTEIM.

 

Atualmente, o teste do pezinho realizado no SUS detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística e deficiência de biotinidase. Com a ampliação do teste do pezinho, poderão ser detectadas doenças como toxoplasmose, além de doenças derivadas de Erros Inatos do Metabolismo (EIM), Erros Inatos da Imunidade (EII) e a Atrofia Muscular Espinhal (AME), entre outras.

Domingo, 06 de junho, 2021 ás 11:51


 

 

quarta-feira, 2 de junho de 2021

COM ENERGIA SOLAR, HAVERIA MENOS BANDEIRA VERMELHA NO BOLSO DE TODOS

 

Enquanto mais de 60 países do mundo implementam políticas públicas para tornar suas matrizes elétricas 100% limpas e renováveis, o Brasil acaba de acionar todas as suas termoelétricas fósseis, mais caras e poluentes do País. O motivo é a falta de água nos reservatórios das hidrelétricas, situação que se agrava a cada ano.

 

O resultado disso é sentido no bolso de todos, já que voltou a ser cobrada a famigerada bandeira vermelha, encarecendo a conta de luz. É mais uma preocupação para os orçamentos das famílias e para a competitividade das empresas.

 

Porém, muito pode ser feito para aliviar essa conta de luz. A geração própria de energia, feita por sistemas solares, por exemplo, é parte da solução, pois ajuda a reduzir custos do setor elétrico que hoje são repassados aos consumidores brasileiros.

 

O Projeto de Lei (PL) n.º 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, que cria o marco legal dessa modalidade, representa o melhor caminho para garantir em lei mais liberdade, opção de escolha, sustentabilidade e economia aos consumidores.

 

O texto está pronto para votação na Câmara dos Deputados. Com sua aprovação, trará ao País mais de R$ 139 bilhões em novos investimentos até 2050, gerando mais de 1 milhão de empregos. Já a redução de custos com o uso de termoelétricas representará mais de R$ 150 bilhões. Também haverá economia de R$ 23 bilhões com menores perdas elétricas.

 

Empreendida por grandes monopólios e entidades de energia elétrica, uma campanha está em curso para tentar frear o crescimento da geração própria de energia no País. Querem transformar a solar, utilizada globalmente como solução, em “vilã” do setor elétrico. A quem interessa estes ataques? Certamente, não aos consumidores.

 

A evolução da matriz elétrica brasileira, com maior participação das renováveis, é ambientalmente desejável, tecnicamente sólida e economicamente viável. O projeto “Sistemas Energéticos do Futuro: Integrando Fontes Variáveis de Energia Renovável na Matriz Energética do Brasil”, com participação do Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema (ONS), em parceria com a entidade do governo alemão Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), analisou, em detalhes, a inserção de grandes quantidades de energia solar e eólica na matriz elétrica brasileira. As conclusões dos três anos de intenso trabalho confirmaram que é possível aumentar a participação destas renováveis em mais de quatro vezes, dos atuais 10% para mais de 40%, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade, com equilíbrio técnico e econômico para a expansão e operação do sistema elétrico brasileiro.

 

O estudo demonstrou a forte sinergia entre os recursos renováveis do Brasil, como hídrico, solar, eólico, da biomassa, entre outros. Também desbancou o velho mito de que precisamos de mais termoelétricas para dar apoio às renováveis. Pelo contrário, quem equilibra o sistema quando há variações nos ventos e no sol não são as usinas fósseis, mas sim as hidrelétricas. Por isso, a evolução para uma matriz elétrica 100% renovável é possível e depende mais de vontade e liderança política do que de condições técnicas e econômicas.

 

Quanto mais usarmos o sol, o vento e a biomassa, menor será a dependência das hidrelétricas. Isso ajuda a aliviar a pressão sobre os recursos hídricos, cada vez mais escassos e preciosos. Com mais água disponível nas usinas, haverá menor uso de termoelétricas fósseis para gerar energia elétrica, o que reduz as nocivas bandeiras vermelhas e alivia a conta de luz da população. A água economizada também poderá ser utilizada em seus outros propósitos para a sociedade, como abastecimento humano, agricultura, criação animal e atividades produtivas.

*Estadão

Quarta-feira, 02 de junho, 2021 ás 11:42