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sábado, 19 de junho de 2021

O MUNDO ENFRENTA UMA PESTE; O BRASIL, DUAS

 

É impossível não responsabilizar o governo pela tragédia da covid-19. A gestão desastrosa não é só culpada por inúmeras mortes, mas também por a pandemia ainda estar longe de acabar,

Mais de meio milhão de brasileiros morreram de covid-19. É como se a população de Florianópolis tivesse sido dizimada. Isso faz do Brasil um dos dez países com a maior taxa de mortalidade do mundo, ou seja, o número de mortes em proporção ao tamanho da população. E a mortandade ainda não terminou. Atualmente, uma média de 2 mil pessoas são vítimas do vírus todos os dias. A sociedade brasileira se habituou um pouco à morte e à violência: entre 40 mil e 50 mil pessoas são assassinadas aqui todos os anos, e entre 30 mil e 40 mil morrem no trânsito.

 

Mas meio milhão de mortes de covid-19 em apenas pouco mais de um ano deveria levar à reflexão. Especialmente porque o verdadeiro número de mortos é provavelmente maior do que isso. O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME), sediado em Seattle, acredita que existe uma significativa subnotificação de mortes por covid-19 no Brasil. Os cientistas estimam que mais de 600 mil brasileiros podem ter morrido do vírus.

 

Culpar apenas o governo Jair Bolsonaro por isso seria simplista. Muitos brasileiros aproveitaram todas as oportunidades para desafiar as regras pandêmicas mais simples: o uso de máscara, o distanciamento social, evitar aglomerações, especialmente em locais fechados. Festas eram recorrentes, assim como praias, bares e restaurantes lotados.

 

Ao mesmo tempo, é impossível não responsabilizar o governo pelo desastre no Brasil. Com uma gestão pandêmica desastrosa, ele não é apenas culpado por inúmeras mortes de covid-19, mas também pelo fato de que a pandemia simplesmente não vai acabar.

 

É importante lembrar, neste momento, o absurdo e desumano espetáculo que Bolsonaro deu ao longo do curso da pandemia. Ele negou, xingou, semeou dúvidas, sabotou. Ele chamou a covid-19 de "gripezinha"; instou as pessoas a resistir às ações dos governadores; até hoje ele promove a hidroxicloroquina, comprovadamente ineficaz contra a doença; repetidamente gerou aglomerações sem usar máscara; recusou a entrega antecipada de vacinas; depois espalhou dúvidas sobre a eficácia das vacinas; agora ele afirma que o número de mortes foi inflado. Após 15 meses da pandemia, é difícil pensar em alguém que teria levado o Brasil a um patamar pior.

 

É claro que se pode discutir se a esquerda ou a direita tem melhores propostas de soluções para os desafios do Brasil. O que é inquestionável é que o governo deve ser liderado por alguém que leve o povo a sério e tente evitar danos a ele. Mas a única coisa que Bolsonaro leva a sério é ele mesmo. A única coisa que ele protege são os interesses de seu clã familiar. A pandemia, por outro lado, ele não só não conseguiu conter – ele ativamente agiu para acelerá-la. É por isso que é correto que uma CPI esteja atualmente lançando luz sobre o que aconteceu dentro do governo. Já está claro que a gestão da pandemia por Bolsonaro tem características criminosas. Rejeitou a perícia científica e promoveu a ineficaz hidroxicloroquina, que pode causar graves efeitos colaterais.

 

Quem conhece o presidente sabe que ele não encontrará frases apropriadas sobre as 500 mil mortes por covid-19. Ele não vai achar uma única palavra sincera de simpatia, arrependimento ou compaixão. Se falar, seu discurso provavelmente servirá para propagar mentiras e meias verdades. Como a que ele levou a pandemia a sério desde o início; ou que foi o seu governo que levou vacinas aos brasileiros. Também é possível que Bolsonaro afirme que sempre queria manter a economia brasileira funcionando. Mas, para isso, ele tinha que ter combatido a pandemia, em vez de estendê-la sem parar.

 

Dizem que é nas crises que se revela a verdadeira grandeza de uma pessoa ou de um governo.

 

Mais de sete em cada dez brasileiros conhecem agora alguém que morreu de covid-19. Era impossível evitar que pessoas morressem do vírus. As condições econômicas e sociais, especialmente dos pobres, eram propensas à propagação do vírus, e a estrutura deficitária dos hospitais públicos fez aumentar a letalidade, ou seja, o número de mortos em relação aos infectados.

 

Mas o fato de meio milhão de pessoas já terem sido enterradas e de o Brasil não só enfrentar uma possível terceira onda, mas também correr o risco de produzir novas variantes do vírus, deve-se a um governo que não serve a ninguém, senão a si mesmo.

*msn

Sábado, 19 de junho, 2021 ás 19:42 


 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

54% DOS ESTAGIÁRIOS EXERCERAM ATIVIDADES PRESENCIAS

 


Durante o primeiro ano de pandemia, 54% dos estagiários brasileiros continuaram exercendo suas atividades presencialmente, dentro dos protocolos de segurança, enquanto 46% executaram suas funções em trabalho remoto. Desses, 16% afirmaram não ter feito nada porque o trabalho dependia da presença na empresa.

 

Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) para apresentar um raio-x do estágio no Brasil, principalmente com a chegada da pandemia de covid-19 e das paralisações e mudanças na dinâmica de trabalho.

 

Segundo o levantamento, agregado ao 12º Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio, 93% dos estudantes acreditam que o estágio é fundamental para o desenvolvimento profissional e 92% acreditam que a experiência é importante para a obtenção de um bom emprego. A maioria dos entrevistados (63%) demonstrou alto nível de satisfação com relação ao programa de estágio que participam. Quando questionados sobre auxílio ou orientação em suas atividades do estágio, 93% disseram ser sempre atendidos pelos colegas mais velhos.

 

Os participantes da pesquisa também destacaram que na empresa em que estão aprendem a ser bons profissionais (92%) e que têm acesso aos equipamentos e recursos necessários para realizar as atividades previstas no estágio (91%). A maioria (91%) faz estágio em empresas diversas onde há funcionários de diferentes raças, gênero, orientações sexuais e religiões e acredita que todos tenham as mesmas oportunidades de crescimento.

 

O levantamento mostrou ainda que a renda familiar média dos estagiários está concentrada entre as faixas de dois a três salários mínimos. Grande parte dos estagiários (70%) afirma que usa a bolsa-auxílio para ajudar no sustento da família e citam como principais despesas a mensalidade escolar, ajuda com a casa e custos com alimentação.

 

A média da bolsa-auxílio é de R$ 895,22, maior do que na edição anterior da pesquisa quando o valor era de R$ 703,54. O tempo de duração do contrato é de 16 meses. Quanto aos benefícios, 83% recebem auxílio transporte, 44% têm recesso remunerado e 41% têm redução de jornada em dias de prova.

 

Para o CEO do CIEE, Humberto Casagrande, esse diagnóstico mostra a importância do estágio na vida do estudante, seja no aspecto financeiro, profissional ou pessoal. Segundo ele, o CIEE atende 200 mil jovens e há 1,5 milhão aguardando por uma oportunidade de estágio.

 

“Neste momento procuramos melhorar nosso atendimento aos candidatos, facilitando também para as empresas, e feito uma verdadeira pregação junto às 32 mil instituições com as quais trabalhamos. Mas isso não é suficiente para gerar oportunidades para todos. O que podemos fazer é divulgar o nosso trabalho, investir na formação dos candidatos", disse.

 

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência de 3 de dezembro de 2020 a 4 de abril de 2021. Foram entrevistados pela internet 6.634 estagiários, de 538 organizações inscritas. Houve resposta de estudantes que estagiam em 467 organizações. A maior parte dos que participaram são estudantes do ensino superior (89%) e de instituições de ensino particular (65%).  Pelo menos 64% faz estágios em organizações públicas, e dentre esses, a maioria em entidades estaduais e municipais. (ABr)

Quinta-feira, 17 de junho, 2021 ás 14:11


 

sexta-feira, 11 de junho de 2021

PRESIDENTE PEDE PARECER PARA DESOBRIGAR USO DE MÁSCARA A VACINADOS E QUEM JÁ FOI INFECTADO


O presidente Jair colorado afirmou na quinta-feira (10/6), ter conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que seja preparado um parecer desobrigando pessoas vacinadas ou que já tenham sido contaminadas a usarem máscaras. A imbecilidade sugerida pelo presidente é contrária a orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

"Acabei de conversar com um tal de Queiroga. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscaras por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar este símbolo (segurando uma máscara descartável na mão) que tem a sua utilidade para quem está infectado", disse Bolsonaro durante evento sobre turismo no Palácio do Planalto, em Brasília. Ele foi aplaudido pelos puxa sacos presentes ao anunciar a medida.

 

No total, o Brasil registrou 477.307 mortos pela covid-19 e 17.038.503 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Até quarta-feira, apenas 9, 23.418.325 haviam recebido duas doses de vacina, o que representa 11,06% da população com a imunização completa contra o novo coronavírus.

 

A obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos, como comércios, escolas e igrejas, foi aprovada no ano passado pelo Congresso. Bolsonaro chegou a vetar a lei, mas os parlamentares derrubaram o veto. Em alguns Estados, como São Paulo, a pessoa que for pega sem a proteção poderá ser multada.

 

Ao assumir o cargo, em março deste ano, Queiroga adotou um discurso que vai na contramão do presidente. Em uma de suas primeiras entrevistas como ministro, o médico cardiologistas defendeu o uso da proteção e disse que seu objetivo era tornar o Brasil "a pátria de máscaras". “Na época da Copa do Mundo, a nação se une, se chama ‘pátria de chuteira’. Agora é ‘pátria de máscara’. É um pedido que faço a cada um dos brasileiros: usem a máscara”, disse o ministro no dia 23 de março.

 

Ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, na terça-feira, Queiroga foi questionado sobre o fato de o presidente promover diversas aglomerações durante a pandemia e se recusar a usar máscaras em locais públicos, contrariando recomendações da sua pasta. Incomodado com a pergunta, respondeu: "Não sou censor do presidente".

 

No evento desta quinta-feira, Bolsonaro não detalhou se o parecer solicitado ao Ministério da Saúde seria apenas recomendação ou se pretende propor uma nova legislação a respeito do tema, o que necessitaria de aval do Congresso.

 

Em nota, o Ministério da Saúde disse ter recebido o pedido para "estudo" demandado pelo presidente. "O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que recebeu o pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro, para produzir um estudo que trate da flexibilização do uso de máscaras, conforme o avanço da vacinação no país."

 

Em entrevista à CNN Brasil, Queiroga disse não haver prazo para que o estudo seja concluído. "Queremos que seja o mais rápido possível. Para isso precisamos vacinar a população brasileira e avançar", afirmou.

 

Dispensa só pode ocorrer com controle da transmissão, diz OMS

 

Após os primeiros países optarem por autorizar a dispensa do uso de máscaras por pessoas vacinadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu cautela aos governos. Segundo a OMS, a dispensa desses cuidados pode acontecer somente quando não há mais transmissão comunitária da doença e não depende apenas da vacinação contra a covid-19.

 

“A pandemia não terminou, há muita incerteza com as novas variantes e precisamos manter os cuidados básicos para salvar vidas", afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para a covid-19 da OMS. No caso de pessoas já contaminadas, especialistas também não recomendam abandonar a proteção porque há a possibilidade de reinfecção.

*com o site msn

Sexta-feira, 11 de junho, 2021 ás 10:46


 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

CIDADE DE SÃO PAULO INICIA VACINAÇÃO DE GRÁVIDAS

 

Na segunda-feira (7/6), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital paulista inicia a vacinação de gestantes e mulheres que deram à luz a até 45 dias (puérperas) sem comorbidades e maiores de 18 anos, e também de lactantes com comorbidades acima de 18 anos.

 

Os postos drive-thru e farmácias parceiras da campanha de vacinação contra a covid-19 na cidade de São Paulo também foram reabertos e com uma novidade, todos com a segunda dose do imunizante que protege da covid-19. A secretaria vai disponibilizar a segunda dose da vacina em todos os postos da rede, incluindo os megapostos com acesso para pedestres.

 

Também a partir desta segunda-feira, os estagiários dos cursos de saúde, independentemente do ano cursado, poderão se cadastrar para doses remanescentes nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. Todos os dias, de 1.800 a 2.000 doses ficam disponíveis no fim do dia e podem ser aplicadas no público que se cadastrar para as doses que sobrarem.

 

Até sábado (5/6), foram aplicadas 5.275.141 doses na cidade de São Paulo desde o início da campanha, em 19 de janeiro. Desse número, 3.635.748 pessoas receberam a primeira dose e 1.639.393 já completaram o esquema vacinal com a segunda dose.

 

A secretaria alerta para a importância de tomar as duas doses da vacina, respeitando os intervalos recomendados entre uma e outra dose, para completar o esquema vacinal e obter a proteção necessária contra a covid-19. No caso da CoronaVac, do Butantan, o intervalo é de 21 a 28 dias. Já as vacinas da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz e da Pfizer o prazo entre a primeira e segunda dose é de 12 semanas.

 

Todas as salas de vacinação das 468 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo estão abastecidas de maneira a garantir o acesso às vacinas dos grupos prioritários elegíveis no momento, conforme instruções disponíveis na página Vacina Sampa.

 

Mesmo após receber as duas aplicações da vacina, todas as pessoas devem seguir com os cuidados sanitários, como o uso de máscara, a higienização com álcool em gel e o distanciamento social, evitando aglomerações.

 

O estado de São Paulo aplicou 119.450 vacinas contra a covid-19 no sábado, Dia D de Vacinação. Mais de 5 mil pontos de vacinação ficaram abertos em todo estado. Hoje, 92.569 pessoas deram início ao seu esquema vacinal e deverão retornar aos postos dentro dos prazos indicados para cada imunizante.

 

“Conseguimos resultados importantes e agradecemos a todos os que compareceram aos postos e aos que trabalharam neste dia. Queremos e precisamos avançar mais, pois somente com a segunda dose é possível garantir a proteção”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula.

 

“Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes. Quem não conseguiu ir hoje a um posto e ainda está com a segunda dose em atraso pode procurar a rede de saúde nos próximos dias e completar seu esquema vacinal”, disse a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Tatiana Lang D’Agostini.

 

Com base nas estatísticas populacionais do Ministério da Saúde, para cada faixa etária ou público específico, o governo de São Paulo define as remessas de doses necessárias para as 645 cidades em cada etapa da campanha. Os quantitativos de primeira e segunda dose são idênticos, realizados em duas entregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas.

 

A Secretaria de Estado da Saúde encaminhou na última semana 279.815 doses extras da CoronaVac para cerca de 500 cidades exclusivamente para aplicação da segunda dose. (ABr)

Segunda-feira, 07 de junho, 2021 ás 13:19