A
autoridade reguladora de medicamentos da China aprovou sábado (6/2) de forma
"condicional" uma segunda vacina contra a covid-19, a CoronaVac,
produzida pela Sinovac.
A
autorização vem após vários ensaios da vacina em países como Brasil e Turquia,
embora "os resultados em termos de eficácia e segurança ainda não tenham
sido confirmados", diz a Sinovac, em nota à imprensa.
Segundo
a empresa, o antígeno - vírus inativo - pode ser usado para vacinação "de
pessoas a partir dos 18 anos para prevenir doenças causadas pelo coronavírus
SARS-CoV-2" e deve ser aplicado em duas doses de 0,5 mililitros cada uma,
em um intervalo de 14 a 28 dias.
A
aprovação condicional significa que a vacina agora pode ser dada ao público em
geral, embora a pesquisa ainda esteja em curso. A empresa terá de apresentar
dados de acompanhamento, bem como relatórios de quaisquer efeitos adversos após
a vacina ser vendida no mercado.
É
a segunda vacina produzida localmente a receber aprovação condicional. Em
dezembro, Pequim autorizou a vacina estatal da Sinopharm.
Tanto
a injeção da CoronaVac quanto a injeção de Sinopharm são vacinas inativadas de
duas doses, contando com a tecnologia tradicional que torna mais fácil o
transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem
armazenamento extrafrio o que pode fazer a diferença para os países em
desenvolvimento com menos recursos.
Na
sexta-feira (5) a Sinovac apresentou os procedimentos da sua vacina CoronaVac
contra covid-19 perante a autoridade sanitárias do México.
"Temos
uma nova vacina no horizonte, da firma Sinovac, que se chama CoronaVac",
disse o subsecretário da Saúde e estrategista do governo mexicano para combater
a pandemia, Hugo López-Gatell, informando que o pedido já foi apresentado na
Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris).
No
mesmo dia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard,
anunciou que a também chinesa CanSino vai pedir autorização para uso de
emergência da vacina produzida pela empresa.
A
vacina da Sinovac foi sujeita a intenso escrutínio e recebeu críticas por falta
de transparência, tendo sido apontados diferentes dados de eficácia em
diferentes países em todo o mundo.
Enquanto
os testes realizados na Turquia mostraram eficácia de 91,25%, os dados
fornecidos pela Indonésia apontaram para 65,3%, e o Brasil baixou os dados para
50,4% uma semana após o anúncio de 78%.
O
ensaio no Brasil envolveu 12.396 voluntários e registou 253 infeções, disse a
empresa em comunicado na sexta-feira.
A
Fase 3 dos ensaios clínicos foi realizada no Brasil, no Chile, na Indonésia e
na Turquia, com um total de 25.000 voluntários.
A
pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais
de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo balanço feito
pela agência de notícias francesa AFP.
A
doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de
2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China. (ABr)
Sábado,
06 de fevereiro, 2021 ás 12:00