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terça-feira, 29 de junho de 2021

CASOS DE DENGUE EM SP NESTE ANO JÁ SÃO O TRIPLO DE 2020 INTEIRO

 

 Até o dia 22 de junho, a cidade de São Paulo já havia registrado mais de três vezes o número de casos de dengue computados no ano passado inteiro. O aumento foi de 219% -de 2.009 em 2020 para 6.408 no que vai deste ano. As últimas mortes em decorrência da doença foram registradas em 2019 (3) e 2016 (8).

 

A capital soma ainda 57 casos de chikungunya em 2021, mas não há mortes. Do total, 28 estão no distrito administrativo de Campo Limpo (zona sul). Em relação à doença aguda pelo zika vírus, o último ano com registro da doença na capital foi 2017 (3).

 

Apesar de não comentar os números, a Secretaria Municipal da Saúde atribui a alta nos casos de dengue em 2021 a fatores como a sazonalidade da doença --há anos com mais e outros com menos casos-- e a quantidade de pessoas suscetíveis ao tipo viral em circulação na cidade neste momento --neste ano prevalecem os tipos 1 e 2--, além de questões de temperatura e a disponibilidade de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

 

"Logo após 2015, em que tivemos mais de 100 mil casos, passamos por anos com pouquíssimos casos. Isso se dá porque teve muita gente infectada, as pessoas ficaram protegidas daquele tipo viral em circulação e depois, com o tempo, há mais pessoas suscetíveis e você começa a ter aumento de casos de novo", explica Alessandro Giangola, biólogo da Divisão de Vigilância em Zoonoses, ligada à Secretaria Municipal da Saúde.

 

"Apesar de ter mais casos que o ano passado, e a gente precisa ir atrás disso, para a cidade de São Paulo ainda é um número baixo", completa.

 

Segundo ele, o pior já passou na cidade de São Paulo. O pico da dengue é em abril, e no inverno há uma tendência de queda. Em janeiro, com mais chuvas e temperaturas altas, os casos da doença começam a subir.

 

"Por isso, as ações de controle deverão ser mantidas o ano todo. Os agentes estão fazendo as visitas, os bloqueios, as nebulizações --com equipamento costal e veicular--todo dia. As ações não foram interrompidas nem com a Covid-19", afirma Giangola.

 

Os distritos administrativos com mais ocorrências de dengue estão na zona norte da capital: Cachoeirinha (366) e Brasilândia (286). Em seguida, aparecem Cidade Tiradentes (244), Jardim São Luiz (273), Capão Redondo (201) e Cidade Líder (244).

 

"São situações pontuais que ocorrem nestes locais, que você terá mais casos. Não ocorrem uniformemente na cidade. É necessário ir até o local, verificar qual o problema, e nem sempre você acha, e intervir para eliminar o problema."

 

"Estive num bairro na Cachoeirinha, num local onde tínhamos problema com um córrego. Foi acionada a subprefeitura para limpar o local. Fizemos aplicação de larvicida e um trabalho de contenção. Não quero minimizar o problema, mas foi uma situação pontual. Quando você tem suscetíveis num bairro, condições ambientais não favoráveis, terá um crescimento muito rápido. A nossa resposta, por mais rápida que seja, surte efeito dali a duas, três semanas e já tem caso incubando que não conseguimos evitar", afirmou o biológo.

 

No início deste ano, a Secretaria Municipal da Saúde identificou um aumento de 30% no número de recusas de visitas dos agentes de zoonoses por parte dos moradores da capital devido ao medo de transmissão da Covid-19.

 

Também até 22 de junho, o estado de São Paulo registrou 109.600 casos de dengue e 30 óbitos. Em todo o ano de 2020, foram 194.415 mil confirmações da doença e 142 mortes.

 

As cidades com os índices mais altos até o momento são Tatuí (18.900), São José do Rio Preto (13.200), São Paulo (6.408), Piracicaba (4.600) e Santos (3.200), segundo a Secretaria Estadual da Saúde.

 

Com relação à chikungunya, são 7.600 casos e três mortes neste ano. Em 2020, houve 254 casos e nenhum óbito. Quanto à zika, houve três casos até maio deste ano e 12 no ano passado, ambos sem óbitos.

 

Para Adriano Massuda, médico sanitarista e professor do FGVSaúde, o Brasil já teve sucesso no controle de doenças como a dengue graças ao trabalho das equipes de atenção básica, da ESF (Estratégia Saúde da Família), em especial dos agentes comunitários da saúde, junto com a atenção básica e a ação da vigilância epidemiológica.

 

Nos territórios onde há ação das equipes de ESF, os agentes comunitários de saúde auxiliam no combate ao mosquito Aedes aegypti.

 

"De forma geral, isso funcionou bem até 2015 para controlar a epidemia. De 2016 em diante, houve um enfraquecimento do SUS e a atenção básica perdeu força. Ainda que se mantivesse o número de equipes [de ESF], houve queda na quantidade de agentes comunitários de saúde, por exemplo", afirma massuda.

 

O especialista observa que a pandemia esta situação se agravou, pois não houve orientação nacional do Ministério da Saúde para as equipes trabalharem no contexto da Covid-19, seja no território, para identificar situações de vulnerabilidade por conta da pandemia ou para cuidar de outras doenças que não deixaram de existir.

 

"De 2016 para cá tivemos uma perda do papel do Ministério da Saúde, mas as áreas técnicas ainda estavam lá. A gestão Pazuello foi um desastre. De maneira geral, o ministério foi bastante desestruturado, os municípios ficaram sem referência e a situação ficou descontrolada. O país está mais vulnerável não só em relação a dengue, mas também a outras doenças transmissíveis", afirma Massunda. 

(FOLHAPRESS)

Terça-feira, 29 de junho, 2021 ás 19:39


 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

LÁZARO BARBOSA É MORTO PELA POLÍCIA EM GOIÁS

 


Procurado há 20 dias acusado de matar uma família em Ceilândia Lazaro Barbosa foi morto pela na manhã de segunda-feira (28/6)

Lázaro Barbosa, 32 anos (O Rambo de Goiás) acusado de matar quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia, foi morto pela polícia na manhã de segunda-feira (28/6), em Águas Lindas de Goiás. Ele era procurado há 20 dias.

 

Antes da confirmação da morte do suspeito, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, havia anunciado, pelas redes sociais, a prisão. "Está aí, minha gente, como eu disse, era questão de tempo até que a nossa polícia, a mais preparada do país, capturasse o Lázaro Barbosa. Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido", escreveu o governador na legenda da publicação.

 

O corpo do morto, Lázaro foi levado para um hospital da região de Águas Lindas (GO). (Hospital bom Jesus HBJ)

Panos quentes

“Nós temos, hoje, a melhor polícia do país. Não houve hora nenhuma a necessidade de mudar a iniciativa e o preparo dos nossos policiais. Não houve nenhum assassinato a mais, nossa polícia não se excedeu em nenhum momento”, disse o governador.

*Com informações do correio Brasiliense

 Segunda-feira, 28 de junho, 2021 ás 11:20

quarta-feira, 23 de junho de 2021

RICARDO SALLES É EXONERADO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi exonerado do cargo na quarta-feira (23/6). A exoneração, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

 

No lugar de Salles, o presidente nomeou Joaquim Álvaro Pereira Leite, que até então ocupava o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério.

 

Após a publicação de sua exoneração, Ricardo Salles fez um pronunciamento à imprensa, no Palácio do Planalto, para explicar os motivos de sua saída. Segundo ele, está ocorrendo no país um processo de "criminalização" de opiniões divergentes sobre a questão ambiental e, por isso, ele estava abrindo espaço para maior diálogo.

 

Ricardo Salles, que ocupava o cargo desde o início do mandato de Bolsonaro, em 2019, é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

No mês passado, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Salles foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados, no âmbito da Operação Akuanduba, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O órgão apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários.

 

A suspeita é da existência de um esquema internacional de exportação ilegal de madeira. Além do agora ex-ministro, outras 17 pessoas são investigadas. Na época, o STF também determinou o afastamento de Eduardo Bim do cargo de presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). (ABr)

(!!!) Ao perder foro privilegiado, finalmente poderá ser preso, ou não.

Quarta-feira, 23 de junho, 2021 ás 18:53

sábado, 19 de junho de 2021

O MUNDO ENFRENTA UMA PESTE; O BRASIL, DUAS

 

É impossível não responsabilizar o governo pela tragédia da covid-19. A gestão desastrosa não é só culpada por inúmeras mortes, mas também por a pandemia ainda estar longe de acabar,

Mais de meio milhão de brasileiros morreram de covid-19. É como se a população de Florianópolis tivesse sido dizimada. Isso faz do Brasil um dos dez países com a maior taxa de mortalidade do mundo, ou seja, o número de mortes em proporção ao tamanho da população. E a mortandade ainda não terminou. Atualmente, uma média de 2 mil pessoas são vítimas do vírus todos os dias. A sociedade brasileira se habituou um pouco à morte e à violência: entre 40 mil e 50 mil pessoas são assassinadas aqui todos os anos, e entre 30 mil e 40 mil morrem no trânsito.

 

Mas meio milhão de mortes de covid-19 em apenas pouco mais de um ano deveria levar à reflexão. Especialmente porque o verdadeiro número de mortos é provavelmente maior do que isso. O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME), sediado em Seattle, acredita que existe uma significativa subnotificação de mortes por covid-19 no Brasil. Os cientistas estimam que mais de 600 mil brasileiros podem ter morrido do vírus.

 

Culpar apenas o governo Jair Bolsonaro por isso seria simplista. Muitos brasileiros aproveitaram todas as oportunidades para desafiar as regras pandêmicas mais simples: o uso de máscara, o distanciamento social, evitar aglomerações, especialmente em locais fechados. Festas eram recorrentes, assim como praias, bares e restaurantes lotados.

 

Ao mesmo tempo, é impossível não responsabilizar o governo pelo desastre no Brasil. Com uma gestão pandêmica desastrosa, ele não é apenas culpado por inúmeras mortes de covid-19, mas também pelo fato de que a pandemia simplesmente não vai acabar.

 

É importante lembrar, neste momento, o absurdo e desumano espetáculo que Bolsonaro deu ao longo do curso da pandemia. Ele negou, xingou, semeou dúvidas, sabotou. Ele chamou a covid-19 de "gripezinha"; instou as pessoas a resistir às ações dos governadores; até hoje ele promove a hidroxicloroquina, comprovadamente ineficaz contra a doença; repetidamente gerou aglomerações sem usar máscara; recusou a entrega antecipada de vacinas; depois espalhou dúvidas sobre a eficácia das vacinas; agora ele afirma que o número de mortes foi inflado. Após 15 meses da pandemia, é difícil pensar em alguém que teria levado o Brasil a um patamar pior.

 

É claro que se pode discutir se a esquerda ou a direita tem melhores propostas de soluções para os desafios do Brasil. O que é inquestionável é que o governo deve ser liderado por alguém que leve o povo a sério e tente evitar danos a ele. Mas a única coisa que Bolsonaro leva a sério é ele mesmo. A única coisa que ele protege são os interesses de seu clã familiar. A pandemia, por outro lado, ele não só não conseguiu conter – ele ativamente agiu para acelerá-la. É por isso que é correto que uma CPI esteja atualmente lançando luz sobre o que aconteceu dentro do governo. Já está claro que a gestão da pandemia por Bolsonaro tem características criminosas. Rejeitou a perícia científica e promoveu a ineficaz hidroxicloroquina, que pode causar graves efeitos colaterais.

 

Quem conhece o presidente sabe que ele não encontrará frases apropriadas sobre as 500 mil mortes por covid-19. Ele não vai achar uma única palavra sincera de simpatia, arrependimento ou compaixão. Se falar, seu discurso provavelmente servirá para propagar mentiras e meias verdades. Como a que ele levou a pandemia a sério desde o início; ou que foi o seu governo que levou vacinas aos brasileiros. Também é possível que Bolsonaro afirme que sempre queria manter a economia brasileira funcionando. Mas, para isso, ele tinha que ter combatido a pandemia, em vez de estendê-la sem parar.

 

Dizem que é nas crises que se revela a verdadeira grandeza de uma pessoa ou de um governo.

 

Mais de sete em cada dez brasileiros conhecem agora alguém que morreu de covid-19. Era impossível evitar que pessoas morressem do vírus. As condições econômicas e sociais, especialmente dos pobres, eram propensas à propagação do vírus, e a estrutura deficitária dos hospitais públicos fez aumentar a letalidade, ou seja, o número de mortos em relação aos infectados.

 

Mas o fato de meio milhão de pessoas já terem sido enterradas e de o Brasil não só enfrentar uma possível terceira onda, mas também correr o risco de produzir novas variantes do vírus, deve-se a um governo que não serve a ninguém, senão a si mesmo.

*msn

Sábado, 19 de junho, 2021 ás 19:42