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domingo, 3 de outubro de 2021

MORO FAZ TURNÊ DE TERCEIRA VIA, ANIMA SEUS ALIADOS, MAS NÃO CONFIRMA CANDIDATURA

 

“Boa tarde a todos, é um prazer vê-los aqui. Uma rápida apresentação: sou Sergio Moro, trabalhei como juiz bastante tempo no Brasil, essa é uma história conhecida”, disse o ex-ministro da Justiça na abertura de um webinário na última quinta-feira (30), arrancando risos dos participantes.

 

O evento reuniu cerca de 30 pessoas, a maioria advogados, e teve como um dos organizadores a empresa Alvarez & Marsal, especializada em compliance, que contratou Moro no ano passado como consultor.

 

À vontade durante o webinário, que tinha como tema a nova Lei de Licitações, Moro parecia relaxado, embora a plateia fosse composta por muitos advogados, classe com quem ele antagonizou durante os anos de Lava Jato.

 

Num bate-papo informal antes de o evento começar, teorizou sobre as diferenças entre o criminoso comum e o de colarinho branco.

 

“Em geral o de colarinho branco não se sente um criminoso. É comum você ouvir ele dizer ‘olha, outros fazem também’. O ladrão de banco nunca tenta justificar seu ato dizendo que outros fazem também. ”

 

O webinário foi um dos muitos compromissos profissionais e políticos do ex-juiz numa estadia de quase duas semanas no Brasil, cujo efeito prático foi ré energizar uma base de apoiadores que andava meio dormente. Moro atualmente vive em Washington (EUA), sede da empresa que o emprega

 

Em 23 e 24 de setembro, fãs de Moro fizeram um tuitaço com a hashtag ##vemMoro2022, que chegou a ficar entre as mais comentadas na rede social.

 

Fora da bolha das redes sociais, iniciativas apelando ao ex-juiz para que entre na corrida presidencial também tem surgido. Na última quinta, um grupo denominado Médicos com Sergio Moro, surgido há cerca de três meses, mandou instalar um outdoor numa das entradas de Maringá (PR), cidade natal do ex-juiz.

 

 “Bem-vindos à terra de Sergio Moro! Orgulho de Maringá e esperança do Brasil”, diz o cartaz, ao lado de uma foto do ex-ministro sorridente.

 

“Acreditamos que Sergio Moro é o único nome que possui potencial eleitoral para vencer a polarização Lula e Bolsonaro”, diz o anestesiologista André, 44, que foi um dos responsáveis pela ação e pediu para seu sobrenome não ser publicado. O grupo, com cerca de 200 profissionais, planeja colocar outros outdoors, além de ter feito adesivos e camisetas com o mesmo mote.

 

“O Moro candidato irá no mínimo enriquecer o debate e dar uma opção viável a milhões de brasileiros, que assim como nós não gostariam de precisar escolher alguém de extrema direita ou extrema esquerda”, afirma o médico, que diz ser apenas um admirador do ex-juiz, sem nunca ter tido contato direto com ele.

 

A agenda política de Moro no Brasil incluiu uma conversa com caciques do Podemos, hoje a opção mais provável de filiação para o ex-juiz. O partido ofereceu legenda a ele para disputar a Presidência, mas o contrato com a Alvarez & Marsal, que a princípio vence no final do ano, impede uma definição agora.

 

Moro também contatou alguns dos principais expoentes da chamada terceira via. Na quarta-feira (29), jantou no Palácio dos Bandeirantes com o governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).

 

Conversou ainda com o empresário João Amoedo, fundador do Novo, e teve um encontro com líderes do MBL (Movimento Brasil Livre).

 

“Foi uma conversa de cinco minutos, só para dar um oi mesmo”, diz Adelaide Oliveira, uma das integrantes da coordenação do movimento, que é simpático ao ex-juiz. “Um dia quero ter uma conversa muito longa com Moro como presidente. Sempre fui ativista pela Lava Jato, admiro demais ele”, afirma.

 

Segundo Adelaide Oliveira, no encontro Moro não deu nenhuma pista do rumo político que tomará. “O pessoal está pedindo pelo amor de Deus para ele se candidatar, tem muito grupo surgindo de apoio. Mas ele é uma ostra”, diz.

 

Além do podemos, o ex-juiz já teve no passado convites de ao menos três outros partidos para se filiar e disputar a Presidência: Novo, PSL e Patriota.

 

Todas essas opções perderam força, no entanto, por motivos específicos: no caso do Novo, pesa o racha interno vivido pela sigla, entre alas que se opõem a Bolsonaro e outras mais palatáveis ao presidente.

 

A opção pelo PSL também definhou em razão da esperada fusão do partido com o DEM. A nova legenda cogita lançar Mandetta ou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para o Planalto.

 

Já o Patriota filiou o senador Flávio Bolsonaro (RJ), que teria de sair do partido para o ex-juiz, inimigo declarado de seu pai, poder entrar. Uma alternativa que cresce é Moro filiar-se ao Podemos até a data-limite, no início de abril, e deixar a decisão sobre concorrer à Presidência para a época das convenções partidárias, que devem ocorrer entre julho e agosto de 2022.

 

Pessoas próximas a Moro dizem ter percebido uma tentativa dele de ser menos protocolar em contatos políticos e sociais. Moro demonstra também mais interesse em temas econômicos, e tem feito lives com empresários nos últimos meses. Mas ainda não definiu quem seria seu porta-voz econômico, até porque não se decidiu sobre a candidatura presidencial.

 

Um ponto que tem feito questão de reforçar é que não se anima a disputar outros cargos, como o de senador pelo Paraná.

 

Caso não tente o Palácio do Planalto, ele afirma que prefere ser um cabo eleitoral de peso na eleição de 2022, apoiando um nome da terceira via.

 

Em pesquisa Datafolha divulgada em maio, Moro apareceu com 7%, empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT), com 6%.

 

Aquele momento, no entanto, marcou uma espécie de inferno astral para o ex-juiz, em meio à anulação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo STF e à declaração de suspeição de Moro na condução da Lava Jato. O nome do ex-juiz não chegou a ser incluído pelo instituto nos últimos levantamentos.

 

O cenário agora é outro, dizem pessoas que estiveram com o ex-ministro recentemente. O derretimento de Bolsonaro abre um flanco no eleitorado antipetista, que pode ser encarnado por Moro.

 

Como diz um amigo do ex-juiz, a própria presença dele na campanha serviria para relembrar ao eleitorado as acusações que envolveram Lula, embora o petista tenha a seu favor diversas vitórias judiciais contra a Lava Jato.

*Folha

Domingo, 03 de outubro, 2021 ás 17:56

 

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

COMEÇA HOJE A CAMPANHA NACIONAL DE MULTIVACINAÇÃO

Começa sexta-feira (1º) a Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil postos em todas as 27 unidades federativas e seus respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.

 

A campanha foi lançada oficialmente quinta-feira (30/9) pelo Ministério da Saúde e vai durar até o dia 29 de outubro. O público-alvo é formado de crianças e adolescentes até 15 anos.

 

Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) oferte imunizantes contra todas essas enfermidades, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, alertou para a queda da cobertura vacinal nos últimos anos. “Percebemos que desde 2015 a cobertura vacinal no Brasil vem diminuindo - reflexo do próprio processo pandêmico nos últimos dois anos. Precisamos melhorar esta cobertura. Ampliar a cobertura vacinal e proteger a população é uma prioridade do governo federal. Manter a vacinação em dia é também um dever dos pais e responsáveis. Leve seu filho, sua criança e adolescente”, pediu o secretário.

 

O Brasil, que registrava índices de vacinação acima de 90% por décadas, viu esse patamar se reduzir nos últimos anos, baixando para cerca de 60% de cobertura vacinal, levando preocupação às autoridades sanitárias. Doenças que eram consideradas erradicadas no país, como sarampo, por exemplo, voltaram a registrar casos, o que tirou do Brasil a condição de país livre do sarampo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Em parte, a baixa cobertura, segundo autoridades do Ministério da Saúde, é explicada pela disseminação de notícias falsas (fake news) e pela atuação de grupos antivacinas.

 

Entre as vacinas que estarão disponíveis nos postos durante campanha estão: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), pneumocócica 10 valentes, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), tetra viral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papiloma vírus Humano).

 

Estarão disponíveis para atualização da caderneta de adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada). (ABr)

Sexta-feira, 1º de outubro, 2021 ás 10:47


 

 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

SAÚDE DEIXA VENCER R$ 80,4 MI EM INSUMOS E TESTES DE COVID-19

O Governo Federal terá que incinerar insumos que juntos, custaram R$ 80,4 milhões aos cofres públicos. Dezenas de testes para covid-19, medicamentos para os mais diversos fins e vacinas venceram nos estoques do Ministério da Saúde, e por não terem sido distribuídos pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), serão descartados. As informações foram extraídas de documentos obtidos pelo Estadão.

 

O órgão chegou a ser notificado em duas ocasiões sobre a proximidade da data de validade de 32 tipos de insumos, mas não agiu a tempo. No lote, estão 18 mil kits de testes de covid-19, 44 vacinas contra meningite e 16 mil vacinas contra a gripe, que neste ano, poderiam ter sido aplicadas em toda a população em razão da ampliação da campanha promovida pelo Ministério da Saúde.

 

Os materiais estavam armazenados no Centro de Distribuição do Ministério em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Em uma planilha da pasta, consta que houve mais de uma notificação sobre o vencimento para sete dos insumos. Em abril e em junho, a SVS recebeu o alerta sobre produtos com vencimento entre 8 de julho e 31 de agosto que custaram R$ 2,6 milhões.

 

Entre 2017 e 2021, 271 itens deixaram de ser utilizados e perderam a validade. A soma do prejuízo é de aproximadamente R$ 190,8 milhões. Quase todos os insumos - 96%, segundo os documentos, foram perdidos a partir de 2019, já sob o governo de Jair Bolsonaro. Para efeito de comparação, entre 2017 e 2018, o país perdeu R$ 680 mil em insumos não utilizados; a partir de 2019, o valor chegou aos R$ 190,1 milhões.

 

Na semana passada, a coordenadora-geral substituta de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde, Katiane Rodrigues Torres, redigiu um ofício informando que comunicou a pasta sobre a proximidade, no entanto, mas não obteve resposta "em tempo hábil para distribuição destes Insumos Estratégicos para Saúde - IES".

 

A coordenadora pediu para que fosse apresentada uma justificativa, afirmando que os contratos estavam custando ainda mais à União em razão do armazenamento. O documento foi enviado ao diretor de Logística do Ministério, general Ridauto Lúcio Fernandes, e posteriormente a SVS. Fernando citou ainda uma reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre o tema, afirmando que o informou sobre o caso.

 

Além do material já citado, o lote contava também com kits para diagnóstico de dengue, zika e chikungunya, vacinas pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, soros e diluentes.

 

*iG Saúde

Terça-feira, 28 de setembro, 2021 ás 18:53