Acabo
de ler texto de um dos principais jornais de nosso país. Após a leitura e
releitura, fiquei pensando onde chegaremos, fazendo o mesmo de sempre. Com
remendos, seremos e teremos, tão somente, uma “colcha de retalhos”!
Em
novembro, nos encontraremos, novamente, com as urnas. O que ocorrerá após os
resultados das eleições? O que mudará?
De que tamanho será a mudança? Nos ajudará em que sentido? Ou continuará
ajudando os mesmos?
Enquanto
isto, o grande e necessário debate nacional continua esperando, sentado para
não cansar. Presidencialismo ou Parlamentarismo? Voto distrital puro ou misto?
Quantos partidos? Candidatos sem partido podem concorrer? Voto aberto ou
fechado? Recall? Reeleição? Imunidade/impunidade parlamentar continuará?
Propaganda paga por quem? E que tipo de propaganda eleitoral receberemos? Votar
é dever ou direito?
Pergunto:
quantos eleitores conhecem todos estes temas, o que significam e no que
influenciam nossas vidas?
Lá
fora, “especialistas de todos os recantos, matizes e interesses”, continuarão
enganando-se e enganando muitos outros, com remendos e não propondo soluções
maiores, melhores e mais sólidas?
Quando
ouvir ou falar com um “especialista”, pergunte-lhe onde aprendeu o que sabe
sobre política. Se disser que foi cursando universidades/faculdades ou
lendo/ouvindo/vendo os grandes políticos, juristas etc., etc., e não lhe
informar que viveu estas questões também em alguma sigla partidária por algum
tempo (não importa qual partido), desconfie, não acredite totalmente.
Quem
não conhece a política e os partidos por dentro, sabe só o que lhes contaram.
Só conhece pelos olhos, sentimentos, interesses de outros. E políticos
profissionais como temos, na imensa maioria, só expõem a verdade quando
necessário e, invariavelmente, dentro das casas partidárias, nos grupinhos ou
até nos “petits comitès”.
É
certo que mudança na legislação é fundamental. A reforma do país (ou seria
construção!), tem de passar, prioritariamente, pelo dito “Poder Legislativo”.
Sem isso, não conseguir-se-á corrigir o Executivo e o Judiciário! Dá para
entender quem tem a chave das reformas nas mãos? E por favor, nossos
legisladores sabem disso e de tudo mais que isso envolve e envolverá!
É
pelo Legislativo que a reforma precisa começar. Porém, aqui está o nó da
questão. O Congresso fará o que tem de ser feito? Sim, mas… Sempre tem um
obstáculo, e a reforma só sai se o Legislativo for instado a fazê-lo. E para
tanto, não possuindo interesses, sentimentos e vontade para tal, as “casas das
leis” terão de ser compelidas a tais atos. Mas “instadas” e “compelidas” por
quem?
Ora,
por aqueles que lá os colocaram. Por aqueles que lhes pagam. Em última análise,
pelos seus “patrões”.
Não
existe milagre quando os santos são demônios. Então, como a reforma política
pode ser feita? É preciso ter consistência, vontade, determinação, conhecimento
e ação. E tudo dentro da lei e da ordem. Nada de golpe militar.
As
mudanças que o país necessita enfrentar têm de passar pelas portas do congresso
nacional. Se não forem alcançadas, chegaremos à confirmação definitiva: não
somos um povo, uma sociedade e cidadãos que merecem algo melhor do que ai está;
somos apenas um amontoado de gente!
E
isto tem de ser decidido pelos brasileiros. Somos nós que temos de decidir que
país deixaremos para nossos filhos e netos.
Antonio
Fallavena /Tribuna da internet
Segunda-feira,
13 de julho, 2020 ás 11:00
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