Seja nosso seguidor

Se não é seguidor, cadastre agora

Mostrando postagens com marcador Água Lindas de Goiás. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Água Lindas de Goiás. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de abril de 2021

'BRASIL NÃO ESTÁ NEM PERTO DA QUEDA DE CASOS' DA COVID-19

 

A aceleração de casos de covid-19 no Brasil é como um "foguete subindo a 10 mil quilômetros por hora até a estratosfera", compara o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt.

 

Depois do cenário catastrófico do início do ano, com explosão das transmissões pelo vírus e lotação de UTIs no país, alguns Estados já passaram a flexibilizar as restrições que tentam diminuir a circulação do coronavírus. As medidas, contudo, estão sendo abandonadas de forma "bastante precipitada", avalia o cientista. A situação ainda é crítica, com alta ocupação hospitalar e alta de mortes diárias.

 

"O Brasil não está nem perto de ter queda de casos de covid-19", diz Schrarstzhaupt, um dos coordenadores da Rede Análise Covid-19. Com o afrouxamento, o cientista observa que alguns Estados já perigam voltar a acelerar o número de casos. "Estamos flexibilizando cedo demais e revertendo a desaceleração."

 

Com média de novos casos nos últimos sete dias em 65 mil diários e a de óbitos quase chegando a 3 mil mortes nos últimos dias, "flexibilizar agora vai criar uma explosão muito maior de casos", opina ele. "O Brasil só deu uma respirada, encheu pulmão de ar e já vai voltar a mergulhar de novo. Não deixou cair o número de casos para valer."

 

Mais de 371 mil pessoas já perderam a vida pela covid-19 no Brasil.

 

Especialistas em todo o Brasil têm pedido um "lockdown nacional", com medidas mais restritivas que as adotadas até agora e durante três semanas para sair da crise sanitária.

 

Em um lockdown, ou confinamento, as pessoas ficam dentro de casa para diminuir a circulação em ambientes com outras pessoas e, assim, quebrar cadeias de transmissão. A medida foi adotada em diversos países e se mostrou eficaz para conter o vírus e, como consequência, hospitalizações e mortes. Normalmente, essas medidas vêm associadas de auxílio financeiro do governo para quem não pode trabalhar de casa.

 

Mas mesmo as restrições mais brandas adotadas por Estados brasileiros estão sendo abandonadas agora, enquanto o país segue com um patamar bastante alto de casos. Essa situação pode resultar em dois cenários, prevê Schrarstzhaupt:

 

- O número de casos vai estabilizar, mas em um nível muito alto, transformando a "recém conquistada desaceleração em um platô de muitos óbitos";

 

- O número alto de pessoas doentes circulando será um "combustível" para novas infecções, gerando um novo aumento do número de casos, hospitalizações e mortes no Brasil

 

A vacinação, por enquanto, está muito incipiente para ser vista como um "escudo", diz ele. "Se eu fosse apostar, hoje estou enxergando um platô altíssimo. Os casos não vão cair, teremos uma ocupação enorme nos hospitais, aquela coisa ultra estressante para o sistema."

 

Em seu dia a dia, Schrarstzhaupt faz análise de riscos para empresas. Na pandemia, passou a analisar dados de mobilidade da população e do número de casos de covid-19, fazendo previsões acertadas. Tornou-se um dos coordenadores da Rede Análise Covid-19, formada por pesquisadores voluntários dedicados a divulgar informações científicas sobre a pandemia no Brasil.

 

O cientista analisa dados de mobilidade fornecidos pelo Google. São dados anônimos de quem usa serviços de localização do celular, e mostram o deslocamento das pessoas em cidades e Estados para locais de trabalho, mercado, farmácias, residências, transporte público. Em suma, revelam a dinâmica da sociedade: se a população está ficando mais em casa ou se está saindo para realizar atividades em outros lugares.

 

Outra métrica que ele usa é a da média móvel de casos positivos por dia. Comparando quantos casos foram notificados a cada dia, Schrarstzhaupt consegue enxergar a aceleração. Ele explica: "A aceleração é a velocidade do crescimento. Está crescendo a quanto? É isso que eu procuro saber."

 

Ele então compara a mobilidade das pessoas com a aceleração - em tese, quanto maior o deslocamento das pessoas, maior é a possibilidade de contágio. Os dados não demonstram causa e efeito, mas correlação, embora desde o início da pandemia a correlação entre estes dados tenha sido bastante sólida, diz ele. O cruzamento desses dados o ajuda a prever a direção da pandemia no Brasil.

 

Para continuarmos na metáfora do início da reportagem, é como se a curva de casos de covid-19 no Brasil fosse um foguete, propõe o pesquisador. Quando o deslocamento das pessoas foi restringido nos últimos meses, o foguete desacelerou. Em outras palavras, continuou subindo, mas cada vez mais devagar.

 

"Estávamos explodindo sem freio. Fizemos restrições em vários Estados e conseguimos desacelerar. Não é queda, é a velocidade de subida que reduziu."

 

Foi um leve pé no freio, porque ainda estamos acelerando. O foguete "continua lá em cima na estratosfera", diz Schrarstzhaupt, "com muitos casos, internações e óbitos".

 

Para que mude de direção e comece a cair, é preciso fazer a mesma força para empurrá-lo para baixo. Essa força são as medidas de contenção do vírus, de restrição de mobilidade.

 

A explosão de casos de covid-19 no início do ano se deu de forma quase que sincronizada no Brasil todo, explica Schrarstzhaupt, e foi seguida de medidas restritivas ao deslocamento nos Estados.

 

Agora, a flexibilização dessas medidas já tem causado um impacto na desaceleração dos casos de covid-19 e indica um caminho perigoso para todos os Estados brasileiros. Segundo suas análises, todos devem tomar cuidado, mas há alguns que já mostram "reversão de tendência", ou seja, quando a desaceleração diminui e caminha novamente para uma aceleração.

 

No Amazonas, por exemplo, depois das restrições da fase roxa, houve queda de casos. Schrarstzhaupt lembra que ajuda também o "isolamento 'endógeno", de pessoas que ficam em casa por medo, mesmo sem restrições". Mas no dia 20 de março, o Estado passou da fase vermelha para a laranja, e agora o que se vê é que a velocidade de queda está freando.

 

Os dados mostram isso: levando em consideração a média móvel de casos no Amazonas e analisando sua velocidade, Schrarstzhaupt viu, no dia 11 de abril, que a variação naqueles últimos 30 dias havia sido de -36.84% (ou seja, queda). Nos últimos 10 dias, de -20%. Em outras palavras, diminuiu a velocidade da queda.

 

A Bahia é outro exemplo. "Vinha em aceleração, restringiu a mobilidade, desacelerou. Agora reabriu e já mostra reversão", diz. Em Salvador, os shoppings reabriram no dia 6/4.

 

Outros Estados que vinham desacelerando agora "rumam para uma estabilização da queda". Algo perigoso em um patamar tão alto, diz, pois há casos ativos demais transmitindo o vírus.

 

O governo de Alagoas anunciou a liberação do funcionamento de bares e restaurantes com atendimento presencial e, à noite, pague e leve, a partir do dia 6/4. Os dados mostram que os casos ali pararam de cair e "estabilizaram em um patamar altíssimo", diz o cientista.

 

O Rio ainda nem teve desaceleração - ali, os casos seguem aumentando. Na capital, a prefeitura retomou horários ampliados de funcionamento para o comércio - bares, restaurantes, lanchonetes e quiosques da orla do município. Escolas foram reabertas, assim como em São Paulo.

 

O governo do Rio Grande do Sul ampliou o horário em mercados, restaurantes e bares. Se nos últimos 30 dias antes de 11 de abril os casos estavam caindo a uma velocidade de -56%, nos últimos dez dias passaram a cair em uma velocidade de -19%. Ou seja, diminuiu a velocidade da queda. Ainda é uma queda, mas mais lenta, diz o cientista de dados.

 

O perigo para os Estados brasileiros é que o afrouxamento das medidas de proteção reverta a desaceleração e os casos voltem a subir.

 

Como muitos especialistas, Schrarstzhaupt defende um lockdown nacional para cortar pela raiz a disseminação dos casos, associado a um auxílio financeiro para a população passar por isso. "Quanto mais esperarmos para fazer, mais caro vai ficar. Teremos mais doentes, e levará mais tempo para o foguete descer", afirma.

*BBC NEWS

Domingo,18 de abril, 2021 ás 9:58

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

CAIADO DÁ UMA RASTEIRA NA AMAB



Um dos colégios eleitorais mais importantes do estado goiano é a região do Entorno do Distrito Federal, conhecida como RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno) que conta com 32 municípios chegando há aproximadamente 1.200.000,00 (Um Milhão Duzentos Mil habitantes).

Irei enfatizar nesse momento apenas os 11 municípios mais próximos do DF; Água Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina, Santo Antonio do Descoberto e Valparaíso de Goiás, que tem 615.846 eleitores aptos a votarem. Fato é que essa região é de grande importância para o Governo de Goias e para o Governo do Distrito Federal, colégio eleitoral que influencia diretamente no cenário político das duas regiões.

Uma das grandes pautas em discussão nas resenhas políticas da região é; quem serão os nomes, os candidatos apoiados pelo governador Caiado nessas eleições, uma verdadeira corrida para quem receberá a benção patriarcal do governador, tarefa que não será fácil, pois muitas lideranças se aliançaram com o democrata no último ano.

Caiado já gravou vídeos para as campanhas de seis pré-candidatos de seu partido, Democratas e aliados:

Marco Túllio – Águas Lindas de Goiás
Antônio Lima – Cidade Ocidental
Daniel Sabino – Cristalina
Diego Sorgatto – Luziânia
Carlinhos do Mangão – Novo Gama
Joseleide Lázaro – Padre Bernardo
Aleandro Olívio – Santo Antônio do Descoberto

O governador terá pela frente grandes desafios, que irá exigir do democrata uma boa articulação política, na qual podemos citar Luziânia, onde o apoio de Caiado será dado ao deputado estadual Diego Sorgatto, apesar de outros nomes da base estarem na disputa: a atual prefeita, Professora Edna (Podemos), e o também deputado Wilde Cambão (PSD), que é considerado da base, por compor o grupo governista na Assembleia, embora seu partido não.

Dos candidatos apoiados por Caiado, há dois prefeitos já em mandato: Daniel Sabino, o Daniel do Sindicato, em Cristalina; e Aleandro Olívio, de Santo Antônio do Descoberto. Os dois se filiaram ao DEM neste ano.
Daniel foi eleito pelo PSB e Aleandro, pelo PROS. Aleandro era vice-prefeito e assumiu o mandato neste ano, após a cassação de Dr. Aldopho (MDB).

Outro cenário que está bastante delicado é em Valparaíso de Goiás, onde existe a possibilidade do Democratas está lado a lado com o MDB, apoiando o atual prefeito Pábio Mossoró, aliança que não tem agradado há muitos, porém dentro da realidade do grupo caiadista, é uma aliança mais produtiva do que com Lêda e seu grupo. Mas não para por ai, a base do governo está praticamente repartida em várias partes com pré-candidatos do PP, Republicanos e Solidariedade, partidos que compõe também a base do governo Caiado.

No Cenário Político Goiano atual, a grande disputa está entre três grupos, o Caiadista, grupo do atual governo Ronaldo Caiado, que venceram em primeiro turno nas últimas eleições com grande expressão , contabilizando 59,73%  dos votos válidos e tem pela frente um grande desafio, consolidar o seu governo no entorno, base que vem com muita força, porém não será fácil pois tem pela frente dois adversários que não podem ser subestimados.

O grupo Vilela liderado por Daniel Vilela, segundo lugar nas últimas eleições, que tem pela frente um desafio ainda maior, continuar avançando e para isso precisam conquistar mais espaço no entorno.

O grupo Marconista que tem como líder o tucano Marconi Perillo, grupo que esteve 16 anos no Palácio das Esmeradas e lideram em grande maioria o cenário municipal, porém sofreram uma derrota esmagadora nas últimas eleições, com apenas 13,73 % dos votos válidos, ficando em terceiro lugar. É caro leitor, mas a base Marconista ainda respira e luta para retornar ao poder, e para isso terá que avançar no entorno, algo que não será fácil.

Com certeza essas eleições não ficarão para história apenas por serem realizadas em meio a uma pandemia, mas também pela disputa que está em jogo, que será acirrada até o apito final. O fator mais importante é quem decide o final desse game eleitoral, é você eleitor que decidirá quem irá legislar e gerir o seu município, por isso é de suma importância, votar consciente. Analise o histórico dos seus candidatos eleitos nas últimas eleições municipais, se os mesmos realmente trabalharam em prol da sua cidade. Estude a vida pública, familiar e social dos pretensos candidatos, não venda seu voto, não troque o futuro da sua cidade, de sua família por um momento efêmero.

*Com a Times Brasília 

Quinta-feira, 10 de setembro, 2020 ás 13:00