O governo através da Petrobras reajustou na sexta-feira (11/3) os preços da gasolina (19%), do óleo diesel (25%) e do gás de botijão (16%), isso nas refinarias. Porque os consumidores vão pagar nas bombas diferenças muito mais altas. Desde a manhã de ontem, sexta-feira, os aumentos já eram observados no Rio, em São Paulo e Belo Horizonte.
Os preços da gasolina no Rio, em alguns casos, já superam a escala de R$ 7 o litro. Na tarde de quinta-feira, numa entrevista transmitida na íntegra pela GloboNews, os ministros Paulo Guedes e Bento Albuquerque tentaram apresentar o aumento como a melhor solução para a economia e até para os consumidores brasileiros, acenando, como é hábito de todos os governos, o atual não é exceção, que os preços poderão ser reduzidos após o desfecho da invasão da Rússia na Ucrânia.
Basearam o seu raciocínio nos preços internacionais do petróleo, dizendo que o Brasil importa 30% do seu consumo. Usaram a palavra combustíveis, não se referindo à gasolina e ao diesel, isso porque o preço dos produtos refinados não segue o percentual dos preços do petróleo bruto no mercado internacional.
Paulo Guedes e Bento Albuquerque procuraram assim uma forma de escapismo quanto à realidade do mercado de petróleo. Há o óleo bruto e há os produtos decorrentes do refino, que são muitos, sobretudo a gasolina, o diesel e o gás. Dizer que o efeito da inflação será mínimo é mentira.
*Tribuna da internet
Sábado, 12 de março 2022 às 10:38