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domingo, 28 de fevereiro de 2021

CAMPANHA VAI DIVULGAR INFORMAÇÃO SEGURA SOBRE AS DOENÇAS RARAS

 


Uma campanha nas redes sociais, promovida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), vai esclarecer à população e à classe médica a importância da divulgação de informação segura sobre as doenças raras, cujo Dia Mundial é comemorado no último dia do mês de fevereiro que, este ano, cai domingo (28/02). Para fazer uma analogia, os especialistas afirmam que a data é comemorada no último dia do mês de fevereiro, que é “um mês raro e quando é bissexto, é um dia raro”.

 

Doenças raras são doenças que acometem um número muito pequeno da população global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para ser caracterizada como doença rara, ela afeta 1,3 pessoa para cada 2 mil indivíduos. “Na verdade, são 65 pessoas a cada 100 mil habitantes, que dá mais ou menos 1,3 por 2 mil”, disse à Agência Brasil a endocrinologista Mariana Guerra, presidente da Comissão de Campanhas da SBEM.

 

A médica informou que existe em torno de 6 mil a 8 mil tipos de doenças descritas como raras na literatura, que estão presentes em várias especialidades médicas. A maioria delas aparece na infância e 80% são genéticas. Alguns exames são fundamentais para detectar a possibilidade de desenvolvimento de uma doença rara. Mariana Guerra destacou, nesse item, o teste do pezinho, realizado em bebês. Em sua modalidade básica, ele consegue identificar seis doenças, enquanto o teste do pezinho ampliado pode levar ao diagnóstico precoce de 45 doenças. “É muito pouco, mas já é o primeiro passo”, comentou a médica. Indicou também o ultrassom para percepção de alguma anormalidade que leve a uma investigação mais aprofundada. Outro fator que deve ser considerado são as doenças familiares.

Exemplos

 

No ramo da endocrinologia, por exemplo, uma doença rara é o hipotireoidismo congênito (alteração metabólica em que a tireoide do bebê não é capaz de produzir as quantidades adequadas dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4, podendo comprometer o desenvolvimento da criança e provocar alterações neurológicas permanentes caso não seja devidamente identificada e tratada). Outro exemplo de doença rara é a acromegalia, que faz crescer as mãos, os pés, o nariz, a mandíbula; a doença de Cushing, em que a pessoa desenvolve um tumor que produz muito corticóide e isso gera excesso de peso, alteração de glicose e de pressão, entre outras consequências.

 

Em outros ramos da medicina também ocorrem doenças raras, como hemofilia (distúrbio em que o sangue não coagula normalmente), displasia cleidocraniana (causa alterações de desenvolvimento nas clavículas, nos ossos do crânio e outros do corpo, da face e nos dentes), fibrose cística (doença genética que compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem muco, suor ou enzimas pancreáticas), esclerose lateral amiotrófica (doença neurodegenerativa progressiva, que afeta o sistema nervoso e acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira limitante, embora sem atingir o cérebro). O físico inglês Stephen Hawking era portador dessa última doença. Ele morreu no dia 14 de março de 2018.

Atenção redobrada

 

No mundo, existem cerca de 300 milhões de pessoas que são caracterizadas pelas doenças raras. Em geral elas são crônicas, progressivas e incapacitantes, afetando a qualidade de vida e podendo ser degenerativas e também levar à morte. Mariana Guerra afirmou que os médicos precisam estar atentos em suas diversas especialidades e os pacientes necessitam entender que alguns exames são fundamentais para se conseguir um diagnóstico precoce.

 

A presidente da Comissão de Campanhas da SBEM confirmou que os sintomas de algumas doenças raras podem ser confundidos com os de algumas doenças comuns. O paciente com doença de Cushing (provocada pela alta concentração no corpo de hormônio cortisol, conhecido também como o hormônio do estresse), por exemplo, pode chegar no consultório do endrocrinologista com obesidade ou com diabete descompensada; ou no cardiologista, com hipertensão. “A gente precisa ter um olhar atento ao paciente para poder perceber as nuances, colher uma história adequada, fazer um exame físico bem feito para poder pensar na doença que é mais rara. Claro que eu tenho sempre que pensar que as chamadas doenças comuns são mais prevalentes, mas tenho que ter o olhar atento ao paciente para não deixar de dar o diagnóstico de uma doença que seja mais rara”, ressaltou a médica.

 

No ano de 2014, foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. No Brasil, existem 240 serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem atendimento, diagnóstico e assistência a pessoas com doenças raras. Com esses centros, Mariana Guerra observou que os pacientes com doenças raras são melhor atendidos, diminui-se o risco de eles terem alguma sequela que leve à dependência de outras pessoas ao longo da vida e, também, onera menos a folha do governo, porque se reduz a judicialização da saúde.

Pandemia

 

A presidente da Comissão de Campanhas da SBEM destacou que, com a pandemia do novo coronavírus, tudo ficou mais difícil para as pessoas com doenças raras. “Muitos centros fecharam, as pessoas com medo da covid-19 deixaram de buscar atendimento em outros locais e, talvez, tenham perdido tempo de diagnóstico”. Assegurou a necessidade de se retomar o tratamento.

 

No Brasil, a estimativa é que 15 milhões de pessoas tenham doenças raras. A presidente da Associação Brasileira de Paramiloidose (ABPAR), Liana Ferronato, citou que a amiloidose hereditária, chamada também de paramiloidose ou polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), é uma dessas doenças. Sem cura, genética e hereditária, a síndrome provoca a perda progressiva dos movimentos, atrofia muscular e insuficiência cardíaca.

 

"Um dos grandes problemas enfrentados pelos pacientes é o diagnóstico tardio. A gente sabe que, de modo geral, quanto mais tempo se perde para descobrir uma doença, mais grave ela se torna. Nas enfermidades raras isso não é diferente e, justamente por serem síndromes raras, é infelizmente comum que o diagnóstico demore, muitas vezes, por anos a fio, acarretando o agravamento dos sintomas e trazendo sequelas irreversíveis", afirmou Liana.

 

O Dia Mundial da Doenças Raras foi criado em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras. A data é lembrada em mais de 60 países. (ABr)

Domingo, 28 de fevereiro, 2021 ás 11:47

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

IBGE ATUALIZA LISTA DE SUBDIVISÕES MUNICIPAIS DO BRASIL


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou quinta-feira (26/02) a nova lista de subdivisões municipais do país. O atual levantamento, referente a 2020, inseriu mais um distrito municipal e seis novos subdistritos, na comparação com o ano anterior.

 

A estrutura territorial brasileira mantém 5.568 municípios desde 2013. Somam-se aos municípios um distrito federal (Brasília) e um distrito estadual em Pernambuco (Fernando de Noronha).

 

De acordo com o IBGE, a divisão territorial brasileira detalha a estrutura territorial do país, identificando as macrorregiões, unidades da federação, mesorregiões, microrregiões, regiões geográficas imediatas, regiões geográficas intermediárias e municípios. Também fazem parte as subdivisões internas, os distritos e subdistritos ou regiões administrativas.

 

“O IBGE sistematiza todas essas informações, monitorando eventuais alterações na divisão político-administrativa, através de atualizações anuais”, informou o instituto.

 

Segundo o instituto, as divisões intramunicipais passam por mudanças com maior dinamismo. Em 2020, eram 10.631 distritos municipais e 683 subdistritos, enquanto em 2019 somavam 10.630 distritos e 689 subdistritos. As diferenças estão relacionadas à extinção, pelos municípios, das estruturas territoriais que se refletem nos cadastros.

 

O instituto faz o cadastro dos eventos ocorridos na divisão territorial brasileira para atualizar o conhecimento do território do país e estruturar os estudos geocientíficos. O trabalho permite a atualização da base territorial para fins operacionais de pesquisas, censos e divulgação de dados estatísticos.

Setores censitários

 

O IBGE também divulgou a malha setorial intermediária 2020 em formato digital, que inclui a classificação de setores censitários em urbano ou rural, para atender as necessidades de planejamento territorial. Segundo o órgão, são 448.988 setores censitários, sendo 344.142 urbanos e 104.846 rurais. Eles representam a menor porção territorial utilizada para planejar e realizar pesquisas.

 

A malha setorial lançada em 2019 é independente do censo demográfico ou agropecuário, e por isso é considerada intermediária, não apresentando dados estatísticos de população e domicílios.

 

“Ela traz a classificação de setores censitários, em urbano ou rural, em consonância com a divisão político-administrativa da malha municipal, sendo capaz de subsidiar o planejamento em níveis municipal, estadual e regional, além de pesquisas e negócios que demandem componentes espaciais. O produto resulta da ampliação da visão das diversas formas de ocupação humana no território nacional, tendo como principal insumo de atualização contínua a análise de alterações no território, com imagens de alta resolução”, informa o instituto. (ABr)

Quinta-feira, 25 de fevereiro, 2021 ás 13:50


 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

TRABALHO DIGITAL CRESCE 5 VEZES

 

As plataformas digitais cresceram cinco vezes ao longo da última década, oferecendo oportunidades a alguns, mas também afetando os direitos trabalhistas, alertou na terça-feira (23/02) a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 

De aplicativos como o Uber, e mercados virtuais, como o UpWork, que conectam trabalhadores informais a clientes, a programas que permitem que os empregadores supervisionem seus funcionários, as plataformas digitais transformam a natureza do trabalho, disse a OIT - agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

"Em seu melhor [aspecto], essas plataformas oferecem novas oportunidades", disse Guy Ryder, chefe da OIT, que entrevistou 12 mil trabalhadores de 100 países, 70 negócios e 16 empresas no primeiro relatório detalhado da economia de plataformas da entidade.

 

"Há oportunidades para trabalhadores deficientes, para aqueles em localidades remotas. Existem indícios de que esses que estão desempregados ou marginalizados podem encontrar um caminho para o mercado de trabalho", disse ele em entrevista à Thomson Reuters Foundation.

 

A pandemia de covid-19 acelera a migração para uma economia digital, mudando a maneira como o trabalho foi organizado e regulamentado durante décadas. Com a perda de empregos, milhões se tornaram trabalhadores ocasionais, oferecendo condução a pedido, entregas ou cuidados para crianças.

 

Mas, em muitos casos, o trabalho é mal remunerado - metade dos que trabalham virtualmente ganha menos de US$ 2 por hora - e carece de acesso a benefícios trabalhistas tradicionais, como negociações coletivas, seguro e proteções contra lesões relacionadas à função, segundo a OIT.

 

Normalmente, as plataformas classificam os trabalhadores como prestadores de serviço independentes, e os direitos dependem dos próprios termos de serviço das plataformas e não de leis trabalhistas.

 

A OIT encontrou desigualdades consideráveis nas plataformas. Trabalhadores de países em desenvolvimento recebem 60% menos do que os de países desenvolvidos, mesmo depois de controlarem características básicas e tipos de tarefas.

 

Mais de 70% dos taxistas relataram que seu número diário médio de viagens e rendimentos diminuiu depois que uma plataforma dominou o mercado.

 

Ryder pediu que direitos trabalhistas já estabelecidos no mundo "analógico", como benefícios de saúde, sejam protegidos no mundo do trabalho para plataformas.

* Reuters

Quarta-feira, 24 de fevereiro, 2021 ás 9:30 


 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

INSS AMPLIA PROVA DE VIDA DIGITAL PARA 5,3 MILHÕES DE BENEFICIÁRIOS

 

O governo ampliou terça-feira (23/02) para mais 5,3 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o projeto piloto que permite fazer a prova de vida anual por meio de aplicativo de celular.

 

A prova de vida digital é feita por biometria facial e dispensa o comparecimento presencial ao banco em que se recebe o benefício, onde normalmente é feito o procedimento. O projeto piloto foi lançado em agosto e vem sendo expandido desde então.

 

Para realizar a biometria facial, são usadas as bases de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Tribunal Superior Eleitoral. Por esse motivo, o acesso está sendo liberado, no momento, somente para segurados que tenham carteira de motorista ou título de eleitor, informou o INSS.

 

A prova de vida digital está disponível no aplicativo MeuGov.br, que concentra em um login único diversos serviços do governo. A ferramenta pode ser baixada em celulares com sistema operacional Android ou iOS.

O INSS divulgou um passo a passo do procedimento, que pode ser visto no YouTube. O resultado da validação facial pode depois ser consultado no aplicativo meu INSS.

O INSS já começou a notificar, via SMS e e-mail, os 5,3 milhões de aposentados e pensionistas elegíveis nesta etapa da prova de vida digital. O número é equivalente à quantidade de beneficiários que não fizeram a prova de vida no ano passado, segundo o presidente do órgão, Leonardo Rolim.

 

“Estamos muito confiantes de que a maior parte da população vai conseguir fazer essa prova de vida de uma maneira simplificada e acessível”, disse Rolim nesta terça-feira (23), em uma transmissão ao vivo pelo canal da Secretaria de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, no Youtube.

 

Desde março do ano passado, a exigência da prova de vida anual para o recebimento de benefícios está suspensa em razão da pandemia do novo coronavírus, que dificultou a realização do procedimento presencialmente. A suspensão da obrigatoriedade vem sendo prorrogada desde então.

 

A previsão do governo é de que a prova de vida, procedimento que tem como objetivo evitar fraudes no pagamento de benefícios, volte a ser obrigatória a partir de maio. Os aposentados e pensionistas, entretanto, são incentivados a já se regularizar.

 

Para o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, a prova de vida por meio digital facilita o acesso sem prejudicar o controle. “Temos que fazer o controle, até para garantir que estamos pagando corretamente, mas esse controle tem que ser o mais leve, o mais fluído possível”, disse. (ABr)

Terça-feira, 23 de fevereiro, 2021 ás 13:40


 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

EUA ULTRAPASSAM MARCA DE 500 MIL MORTES POR COVID-19

 

Os Estados Unidos ultrapassaram segunda-feira (22/02) a marca de 500 mil mortes por covid-19. Os primeiros óbitos pela doença foram registrados no condado de Santa Clara, na Califórnia, há pouco mais de um.

 

Os EUA registraram mais de 28 milhões de casos de covid-19 e 500.054 mortes até segunda-feira, de acordo com uma contagem da Reuters baseada em dados de saúde pública, embora as mortes e hospitalizações diárias tenham recuado para seu menor nível desde antes dos feriados de Ação de Graças e do Natal.

 

Cerca de 19% do total global de mortes de coronavírus aconteceram nos EUA. As mortes registradas entre dezembro e fevereiro foram responsáveis por 46% de todos os óbitos por covid-19 nos EUA, mesmo quando as vacinas se tornaram disponíveis e com o início de um esforço para imunizar a população norte-americana.

* Com informações da Reuters

Segunda-feira, 22 de fevereiro, 2021 ás 21:38