A
ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na noite de quinta-feira
(18/6) um habeas corpus à militante Sara Giromini, conhecida como Sara Winter,
que foi presa esta semana no âmbito de um inquérito sobre atos
antidemocráticos.
Uma
das líderes do grupo autodenominado 300 do Brasil, Sara foi presa
temporariamente na segunda-feira (15) pela Polícia Federal (PF), por ordem do
ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo, e a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR). O mandado de prisão tem duração inicial
de cinco dias.
Outras
cinco pessoas também foram presas na mesma operação. O objetivo, de acordo com
nota divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF), é apurar o esquema de
financiamento e de organização de atos de rua com o objetivo de atacar as
instituições democráticas.
A
abertura desse inquérito foi autorizada em abril pelo STF, a pedido do
procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar possível violação à Lei
de Segurança Nacional depois que manifestantes levantaram faixas pedindo a
intervenção militar e o fechamento de instituições democráticas durante ato em
apoio a Bolsonaro em Brasília e outras cidades do país. Uma das linhas de
investigação apura o envolvimento de parlamentares.
Sara
também já foi alvo, na semana passada, de mandado de busca e apreensão no
chamado inquérito das fake news, que tramita no Supremo sob a mesma relatoria
de Alexandre de Moraes e apura ameaças e difamações proferidas contra os
ministros da Corte nas redes sociais.
Após
ter o celular e o computador apreendidos, Sara publicou um vídeo nas redes
sociais em que diz que gostaria de “trocar socos” com o ministro. Em
decorrência dessas declarações, a militante foi denunciada pela Procuradoria da
República do Distrito Federal (PRDF) pelos crimes de injúria e ameaça.
A
defesa de Sara Winter alega que ela é alvo de perseguição política e que a
manifestação da militante está protegida pelo direito constitucional à
liberdade de expressão. (ABr)
Sexta-feira,
19 de junho, 2020 ás 13:00
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