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quarta-feira, 7 de abril de 2021

E A MENTIRA VOS SEPULTARÁ

 

Jair Bolsonaro disse na quarta-feira (7/4), que a imprensa precisa divulgar a verdade dos fatos. Também acho, uma vez que o presidente mente sem parar. Então vamos lá, fazer o contrário do que faz Bolsonaro todos os dias, em todos os assuntos, mas especialmente quando o assunto é pandemia.

 

1. Bolsonaro continua propagandeando o uso da cloroquina. Nesta quarta-feira, fez isso em Chapecó, cujo prefeito também defende o uso livre do remédio. Bolsonaro e o tal prefeito acham que a cidade é um exemplo a ser seguido, e com isso cospem na cara da verdade. Chapecó tem 97% dos leitos de UTI ocupados e tem taxa de mortalidade pela Covid-19 muito maior que a nacional: 238 por 100 mil habitantes, contra 158 por 100 mil habitantes. Durante a visita ao município, Bolsonaro disse que a imprensa se preocupa demais com a vacina, e pouco com remédios que podem curar os doentes. Pois bem: a melhor e mais acessível análise de novos medicamentos para combate à Covid-19 está no site do The British Medical Jornal (BMJ). Ele mantém um infográfico online continuamente atualizado, que reúne informações sobre 101 testes de remédios e mostra que apenas dois são promissores. Todos os outros, hidroxicloroquina e ivermectina incluídos, não têm eficácia comprovada. Papel de presidente não é fazer anúncio de remédio, induzindo gente a se automedicar. Mas, se estivesse realmente preocupado com os doentes e com a ciência, e não em obrigar as pessoas a engolir o seu ponto de vista, Bolsonaro poderia perguntar ao Ministério da Saúde como vem ocorrendo a utilização dos corticosteroides nos hospitais brasileiros, e como andam os testes clínicos com a colquicina, dos quais o país participa. Esses são os únicos remédios que parecem – e vamos aqui sublinhar o parecem – fazer alguma diferença na frente de batalha.

 

2. Bolsonaro disse hoje que uma das razões para as igrejas ficarem abertas é evitar suicídios. Ele repete com frequência que o distanciamento social aumentou em muito esse tipo de morte no Brasil. No entanto, jamais citou um número concreto para embasar essa tese. Há um motivo para isso: esses números não existem. Nenhuma pesquisa, no Brasil ou no exterior, estabeleceu até agora um nexo causal entre a pandemia e o aumento de suicídios. Pelo contrário. Um estudo publicado em janeiro pela revista Psychological Medicine, uma das mais importantes do mundo no seu segmento, revisou 25 estudos recentes, com 72.004 pacientes, e constatou a existência de “efeitos significativos, mas pequenos, na ocorrência de ansiedade e depressão” desde o início da pandemia, mas “efeitos não significativos para suicídio”. No Brasil, especificamente, o Atlas da Violência registra uma tendência no aumento de suicídios que já dura 30 anos. Assim, associar qualquer crescimento nas estatísticas especificamente à Covid-19 é pura e simples picaretagem. Seria bem mais fácil correlacionar a entrada em vigor do estatuto do desarmamento, em 2003, à redução dos suicídios por arma de fogo. Mas isso, Bolsonaro obviamente não faz, porque se choca com sua fixação fálica em pistolas e fuzis. Se estivesse realmente preocupado com os suicidas, o presidente inclusive evitaria falar a torto e a direito sobre o assunto, até mesmo lendo carta de despedida em live de quinta-feira. Isso é tudo que médicos e outros especialistas recomendam não fazer.

 

3. Bolsonaro não comprou vacinas da Pfizer no ano passado porque não aceitou uma cláusula do contrato que liberava a farmacêutica de responsabilidade por efeitos adversos do medicamento. Acabou comprando neste ano, e vira e mexe dá a entender que as condições contratuais mudaram. Não é verdade. As condições foram as mesmas: a Pfizer não será responsabilizada por problemas decorrentes da vacina. A diferença é que alguém usou a cabeça e adquiriu um seguro, que protege o governo caso alguém o processe dizendo que a vacina faz mal. Do ponto de vista da gestão pública, a solução é inteligente e já poderia ter sido adotada no ano passado. Mas a prioridade de Bolsonaro não é encontrar soluções para problemas reais, e sim impor sua visão de mundo.

 

*IstoÉ

Quarta-feira,07 de abril, 2021 ás 21:30

domingo, 4 de abril de 2021

CONTRADIÇÕES E SUAS AÇÕES CONTRA A VACINAÇÃO DERRUBAM O PAÍS


Em artigo publicado ontem no O Globo, a divulgadora científica Natália Pasternak afirmou que a omissão do presidente Jair Bolsonaro e suas ações contra a vacinação na realidade estão derrubando o país a partir de suas palavras de que a Covid-19 era apenas uma gripezinha, algo assim sem maior importância e risco.

 

A realidade revelou à população que o presidente da República se tornou um adversário da vacinação e também de outras medidas indispensáveis para conter a contaminação. A contaminação, digo eu, está atingindo uma velocidade de mais de 80 mil pessoas por dia. As mortes estão na ordem de 3 mil pessoas em 24 horas.

 

O ministro Marcelo Queiroga não está conseguindo pisar no freio para conter o ciclo da infecção, deve entregar o ministério, inclusive porque não demonstra aptidão para um combate desta ordem.

 

Natália Pasternak compara a inação do governo à noite do último baile da monarquia na Ilha Fiscal. Era o fim do império. Sobre isso – acrescento – o historiador Hélio Silva tem um belo título: “1889: a República não esperou o amanhecer”.  Natália Pasternak disse ainda que enquanto as mortes ocorrem, o presidente Jair Bolsonaro passeia de jet-ski, trata a pandemia com descaso e conclui que os que tinham medo eram maricas brasileiros.

 

Na Folha de São Paulo de ontem, Demétrio Magnoli publica artigo sustentando que mesmo com a substituição do ministro da Defesa e dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, o presidente Jair Bolsonaro perdeu qualquer perspectiva de desfechar um golpe contra a democracia como vinha ensaiando, principalmente a partir do momento em que participou da manifestação em frente ao Comando Militar da Esplanada dos Ministérios, na verdade incentivando os ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso. 

 

Com isso, deixou claro que pretendia livrar-se de ambos, o que se tornou impossível, principalmente agora. Isso porque os novos comandantes não possuem a menor condição de romper com as correntes representadas e represadas por seus antecessores. 

 

A minha opinião decorre de uma análise sobre o conteúdo do artigo de Demétrio Magnoli. Disse ele: “O vírus da anarquia militar está neutralizado pelos pronunciamentos dos generais Azevedo e Silva e Edson Pujol, principalmente porque a questão institucional inclui a disciplina e o respeito à democracia”.  O governo, acrescento, ficou extremamente desestabilizado com o perigoso caminho que planejou para o Brasil, absolutamente rejeitado pelos brasileiros e brasileiras.

 

O presidente Bolsonaro, reportagem de Gabriel Shinohara, O Globo, vetou dispositivos da nova Lei de Licitações. Um dos trechos vetados estabelecia a obrigatoriedade de o poder público divulgar os editais de licitações na imprensa oficial e em jornais de grande circulação. Bolsonaro, para mim, traduziu demandas de empresas e administradores públicos interessados em que o assunto mergulhe nas sombras.

 

Existe inclusive uma questão. Coloco para conhecimento pleno dos leitores. As manobras das quais saem as comissões de empresários pagando administradores, não se encontram nos termos originais das concorrências. Se for por aí, ninguém descobre não. Querendo descobrir é só fiscalizar os famosos termos aditivos que incidem sobre os preços das obras. Esses termos aditivos valem muitos bilhões de reais. 

 

Amanda Pupo e Adriana Fernandes, o Estado de São Paulo, em reportagem publicada com grande destaque, revela que entre os dias 7 e 9 deste mês o governo vai colocar em prática leilões de aeroportos, de portos e ferrovias, com a expectativa de arrecadar R$ 10 bilhões. 

 

O país está com a sua imagem arranhada pela condução da política na atual fase da vida brasileira. Parece que a questão não é de imagem, mas sim de projetos e obras que possam melhorar as condições da infraestrutura nacional. Vinte e dois aeroportos operados pela Infraero, cinco terminais portuários e o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia.

 

 Por: Tribuna da Internet

Domingo,04 de abril, 2021 ás 19:30

quarta-feira, 31 de março de 2021

“TEMOS TUDO PARA FINALIZAR, ATÉ FINAL DE ABRIL, A VACINAÇÃO DE 100% DAS PESSOAS ACIMA DE 60 ANOS, NO ESTADO”

Durante entrevista à imprensa, quarta-feira (31/03), governador anuncia que próximo lote de vacinas pode chegar a 200 mil doses, recorde para Goiás. Ele alerta para dificuldade de abertura de novos leitos ao pedir apoio da população no feriado da Semana Santa. “Sejam solidários. Entendam que não é férias, que não é o momento para festas clandestinas. É momento de reflexão e de respeito”, pontua

 

O governador Ronaldo Caiado garantiu, durante entrevista à TV Record, nesta quarta-feira (31/03), que “temos tudo para finalizar, até o final de abril, a vacinação de 100% das pessoas acima de 60 anos, em Goiás”. A projeção veio acompanhado do anúncio da chegada de mais imunizantes ao Estado. “O lote que vamos receber do Ministério da Saúde (MS) pode chegar a 200 mil doses. É o maior quantitativo desde o início da campanha de imunização”, declarou.

 

Com a vacinação de 100% dos idosos, em Goiás, os índices de internação e óbito nesta faixa etária devem reduzir. Assim como a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “É um parâmetro excelente porque 45 dias após a imunização, o paciente já terá um grau de produção de anticorpos”, afirmou o governador. Apesar da primeira dose já iniciar a produção de células de defesa do organismo, Caiado faz um alerta. “Não quer dizer que fique 100% imune. É preciso manter os protocolos sanitários”, disse.

 

O Ministério da Saúde mantém o compromisso com os governadores de enviar semanalmente doses de vacinas aos Estados. A expectativa é de que o novo lote de imunobiológicos chegue a Goiás durante o feriado da Semana Santa. “Estamos muito otimistas com o Governo Federal por estar mantendo o calendário vacinal. Com isso, nós vamos expandir ainda mais nossa imunização, em Goiás”, avaliou.

 

Apesar das expectativas positivas em relação à vacinação em massa no Estado, durante entrevista à TV Anhanguera, também nesta quarta-feira (31/03), Ronaldo Caiado alertou a população sobre os altos índices de infecção e reinfecção do coronavírus, em Goiás. “No pior momento da primeira onda, nós tivemos uma semana em que o número de óbitos chegou a 60 por dia, por uma semana. Agora, nós ainda não estamos no pico do problema”, alertou. Goiás já atingiu, na segunda onda, a marca de 105 óbitos por dia. Desde que a doença chegou ao Estado, 480 mil pessoas foram infectadas e mais de 11,4 mil morreram.

 

Diante de um quadro de alto índice de infecção, de superlotação de hospitais e UTIs, o governador pediu solidariedade às pessoas, em especial, durante o feriado da Semana Santa. “Sejam solidários. Entendam que não é férias, que não é o momento para festas clandestinas. É momento de reflexão e de respeito”, pediu.

 

Desde o início da pandemia, o Governo de Goiás já abriu 1.226 leitos dedicados à Covid-19, sendo 525 UTIs e 701 enfermarias. A expectativa, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), é ampliar as vagas existentes ainda neste mês. Mas para isso, segundo Caiado, o Estado conta com o apoio dos goianos.

 

“Mesmo com a ocupação de 95% de nossos leitos, nós esperamos ampliar a oferta nos próximos dias, desde que tenhamos a compreensão da população para estes próximos 14 dias”, disse Caiado. O período solicitado pelo governador se refere ao decreto Estadual, que orienta os municípios a adotarem o revezamento temporário entre abertura e fechamento do comércio para conter o avanço da doença.

 

O último boletim da SES, divulgado nesta quarta-feira (31/03), mostra que referente à primeira dose, foram aplicadas 487.180 vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 121.932 pessoas. Esses dados são preliminares.

 

Em relação ao recebimento de vacinas, o Estado de Goiás já recebeu 966.980 doses de imunizantes, sendo 809.280 da CoronaVac e 157.700 da AstraZeneca.

*O Anápolis

Quarta-feira,31 de março, 2021 ás 19:00