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terça-feira, 25 de agosto de 2020

ESTUDO APONTA CIDADES QUE FACILITAM INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÃO



O ranking das “cidades amigas da internet” listou os 100 municípios que mais facilitam a implantação de infraestrutura de conexão à rede mundial de computadores. Os dez mais bem colocados foram São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS), Cascavel (PR), Curitiba (PR), Ribeirão das Neves (MG), Jaboatão dos Guararapes (PE), Bauru (SP), Santarém (PA) e Feira de Santana (BA).

Os municípios que mais subiram no ranking foram Santo André (SP), João Pessoa (PB), Feira de Santana (BA), Betim (MG) e Ribeirão Preto (SP).

O ranking foi criado pelo Sindicato das Empresas do Setor de Telecomunicações (Sinditelebrasil). A pesquisa analisa diversos aspectos das leis, decretos e políticas públicas das prefeituras sobre redes de telecomunicações.

Entre os aspectos considerados na classificação das cidades estão normas sobre antenas de transmissão de sinais de telefonia celular (as Estações Rádio Base) e as exigências e procedimentos relativos à instalação de redes físicas (incluindo os tubos por onde passam os cabos).

Os ganhos de posição, por exemplo, ocorreram no caso de cidades que aprovaram leis sobre o tema, como Santo André e João Pessoa. Curitiba e Salvador reduziram o prazo para autorização de antenas. Porto Alegre ganhou colocações porque implementou um licenciamento facilitado.

As cidades mais mal colocadas foram Brasília (100ª), Limeira (99ª), São Paulo (98ª), Montes Claros (97ª) e Niterói (96ª). As baixas notas foram atribuídas por avaliações conferidas pelos responsáveis como levar mais de seis meses para autorizar a instalação de uma rede de telecomunicações, exigência de vários documentos, ausência de prazo para resposta aos requerimentos, distância mínima entre as antenas e exigência de estudos e laudos.

São Paulo, que está entre os piores desempenhos do ranking, apresenta problemas, segundo os autores da pesquisa, como a obrigação de distância de lotes para a via principal (o que dificultaria em áreas periféricas), ausência de diferença nos procedimentos de autorização entre mini antenas e torres, requisito de autorização dos moradores em ruas sem saída e prazo de mais de dois anos para licenciar antenas.

A partir da análise das cidades, o Sinditelebrasil reclama que 98% não atendem o prazo de 60 dias, 92% demandam novas autorizações para incluir novas tecnologias, 41% têm requisitos de licença ambiental de forma geral e 40% apresentam prazo de permissão de 10 anos, considerado baixo pelas empresas.

A melhoria, de acordo com o sindicato patronal, passaria pela flexibilização da legislação com a retirada de proibições e requisitos como distâncias entre antenas e prédios e entre as antenas ou a proibição de instalação em locais determinados (como parques).

O setor defende também que não haja exigência de laudos de radiação eletromagnética, competência da Agência Nacional de Telecomunicações.

No debate virtual de apresentação do ranking, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euller de Morais, destacou como a pandemia evidenciou a importância da presença online da sociedade.

“Na covid-19, a conectividade tem se mostrado ainda mais fundamental. Soluções digitais têm sido impulsionadas a medida que se revelam mais eficazes para abordar os mais diversos desafios. O confinamento tem ensinado que custos de transição podem ser diminuídos, ganho de produtividade podem ser logrados a partir do uso mais inteligente dos mecanismos digitais”, destacou.

Eduardo Tude, da consultoria Teleco, ressaltou que o cidadão vem se transformando digitalmente e que o smartphone ganhou importância grande, o que demanda estrutura de conexão. “Isso só é possível na medida que tenhamos mais estações rádio base e para viabilizar isso que virou uma necessidade. É preciso conectar esta necessidade”, defendeu. (ABr)

Terça-feira, 25 de agosto, 2020 ás 18:00  

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

INSS INICIA HOJE PROJETO-PILOTO DE BIOMETRIA FACIAL



Cerca de 500 mil beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o país começam quinta-feira (20/8) a testar a prova de vida por biometria facial. Nos próximos dias, segurados selecionados pelo órgão começarão a ter acesso ao sistema de reconhecimento facial.

A prova de vida digital será feita nos aplicativos do Governo Digital (Meu gov.br) e Meu INSS com o uso da câmera do celular do cidadão. Como se trata de um projeto piloto, o ícone para a prova de vida digital só estará disponível para os usuários escolhidos. A partir de hoje, o INSS fará contatos com segurados por SMS, e-mail e telefone, convidando para a iniciativa.

Para evitar fraudes e ter a certeza de que o segurado está sendo contatado pelo INSS, o órgão informa que o remetente que enviará o SMS será identificado como 280-41. Qualquer mensagem sobre prova de vida com origem em números diferentes deve ser ignorada. Quem tiver dúvidas pode ligar para o número 135 e conferir se a notificação é verdadeira.

O procedimento será feito da seguinte maneira. Primeiramente o usuário abrirá o aplicativo Meu INSS e clicará no ícone “Prova de Vida”, no canto esquerdo superior da tela. Em seguida, entrará no aplicativo Meu gov.br digitando o CPF e clicará na opção “Autorizações” e seguirá as demais instruções do aplicativo.

O aplicativo Meu gov.br fará uma pergunta relacionada a algum documento do segurado, como título de eleitor ou carteira de motorista. Basta respondê-la, e autorizar o programa a tirar fotos e gravar vídeos. A câmera do celular abrirá, e o aplicativo pedirá comandos para o usuário, como sorrir e virar a cabeça.

O usuário retornará ao aplicativo meu INSS e clicará novamente no botão da “Prova de Vida”. Lá será possível confirmar se a biometria deu certo. Como o INSS usará a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Tribunal Superior Eleitoral, só serão escolhidos segurados com carteira de motorista e título de eleitor.

Obrigatória para o recebimento de aposentadoria, auxílios e pensões, a prova de vida deve ser feita todos os anos, no mês de aniversário do segurado, na agência bancária onde o benefício é sacado. Caso o próprio segurado não possa comparecer, algum representante legal pode ir em seu lugar.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o procedimento está suspenso até setembro. Em alguns bancos, a prova de vida pode ser feita com biometria nos terminais de autoatendimento, mas esta será a primeira vez que o usuário poderá fazer o procedimento com a câmera do celular.

Desde agosto do ano passado, o procedimento pode ser feito por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site do órgão, por beneficiários com mais de 80 anos ou com restrições de mobilidade. A comprovação da dificuldade de locomoção exige atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e enviados eletronicamente. (ABr)

Quinta-feira, 21 de agosto, 2020 ás 10:00 


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

PESQUISADORES DO RIO ENCONTRAM SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA O NOVO CORONAVÍRUS



Com base em uma técnica patenteada há 101 anos pelo imunologista brasileiro Vital Brazil — a do soro antiofídico —, pesquisadores do Rio de Janeiro conseguiram obter uma substância que neutraliza o Sars-CoV-2 e poderá ser usada como tratamento de pacientes com covid-19. Em vez de veneno de animais peçonhentos, o produto é o resultado de uma proteína desenvolvida em laboratório, que estimula a fabricação de anticorpos específicos contra o vírus. O resultado do estudo, ainda não publicado, surpreendeu os cientistas. Eles conseguiram obter até 50 vezes mais agentes de defesa contra o coronavírus, comparado ao plasma de pessoas que tiveram doença.

O soro foi obtido a partir do plasma de cavalos, animais utilizados frequentemente para a produção de substâncias antiofídicas. Para que o organismo dos equinos, reconhecessem o Sars-CoV-2 sem a necessidade de eles serem infectados, os pesquisadores produziram uma proteína semelhante à spike. Essa estrutura, em formato de espinho, fica na parte externa do vírus e é uma peça-chave na infecção porque, ao se ligar a um receptor na membrana da célula hospedeira, facilita a entrada do micro-organismo no núcleo, onde ele começa a se reproduzir. Por isso, a spike é um dos principais alvos de vacinas e tratamentos para a covid-19.

No Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), uma equipe coordenada por Leda Castilho conseguiu produzir uma proteína — a S —, que se assemelha à spike. “Ela mostrou-se muito efetiva para estimular a produção de anticorpos em cavalos, com uma quantidade muito maior do que a encontrada em humanos que já contraíram a covid-19”, conta a cientista. De acordo com a pesquisadora, como ainda não há tratamento específico para a doença, os anticorpos produzidos pelos animais representam uma esperança de terapia para os pacientes.

Os testes, que envolveram pesquisadores de diversas instituições do Rio e tiveram financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), começaram em 27 de março, na Fazenda Vital Brazil, em Cachoeiras de Macacu, no interior fluminense. Cinco cavalos foram inoculados com a proteína S e, a cada semana, os cientistas faziam exames de sangue para detectar os níveis de anticorpos produzidos. O presidente do Instituto Vital Brazil, órgão do governo do Estado do Rio, e um dos pesquisadores, Adilson Stolet, conta que o processo é seguro e não coloca os equinos em risco. “Já fazemos o soro contra a raiva, por exemplo, que também é um vírus”, exemplifica. “O experimento com o plasma dos cavalos permite que o tratamento seja produzido em grande escala. Os animais não sofrem com a retirada de plasma”, afirma.

Jerson Lima, presidente da Faperj e um dos autores do estudo, apresentou, ontem à noite, o resultado aos colegas da Academia Nacional de Medicina. No evento, transmitido on-line, ele disse que, depois do sétimo dia de inoculação, a resposta imune dos cavalos foi pouca. “Após a segunda inoculação, aumentou e, à medida que as semanas se passaram, foi algo impressionante. No 42º dia, havia perto de 1 milhão (de anticorpos produzidos). Fiquei com inveja porque tive covid-19 e nunca produzi anticorpos”, brincou.

O experimento durou 70 dias. “O próximo passo era verificar se esses anticorpos se mantinham depois que o plasma fosse processado”, relatou. Ao ser retirado dos animais, o sangue tem de ser purificado, e os anticorpos, isolados, um processo que pode perder parte das proteínas produzidas. “Vimos que, mesmo com o plasma processado, conseguimos quantidades acima de 100 mil.” Segundo Lima, a “questão de um milhão de dólares” foi saber se essas substâncias conseguiriam neutralizar o vírus. “Foi surpreendente verificar a alta capacidade de inativação do Sars-CoV-2”, comemorou.

Assim como Vital Brazil fez há 101 anos, a equipe de pesquisadores já patenteou a tecnologia e está em fase de organização dos testes clínicos, que dependem da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde. O cientista contou que a capacidade de produção dos anticorpos e do soro é alta. Atualmente, há 10 cavalos para essa pesquisa no Instituto Vital Brazil. Enquanto o órgão pode processar grandes quantidades de plasma, o Coppe da UFRJ também fabrica a proteína S em larga escala.

*Correio Brasiliense

Sexta-feira, 14 de agosto, 2020 ás 11:00


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